CUIABÁ
Search
Close this search box.

Notícias

Reserva de “ouro azul” coloca Brasil em posição vantajosa; entenda

Publicado em

Um dos maiores desafios da humanidade é a transição energética. Com os efeitos cada vez mais dramáticos das mudanças climáticas, substituir os combustíveis fósseis por energias limpas é fundamental. E o Brasil conta com uma grande vantagem neste sentido.

País possui uma das maiores reservas de cobalto do mundo

  • O cobalto é considerado extremamente importante para desenvolvimento de novas tecnologias que podem ajudar na transição para energias renováveis.
  • E o Brasil conta com uma enorme reserva do produto, chamado de “ouro azul”.
  • Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), o nosso país possui uma reserva de 70 mil toneladas, a nona maior do mundo.
  • Isso coloca o Brasil em uma posição de destaque, uma vez que projeções do Banco Mundial apontam que a demanda global por cobalto deve aumentar 585% até 2025.
  • As informações são do Metrópoles.

Importância do mineral

A extração do mineral atrai, inclusive, investimentos pesados dos Estados Unidos. Uma empresa situada no Brasil, por exemplo, recebeu um aporte de US$ 25 milhões (quase R$ 140 milhões), em 2020, para a extração de níquel e cobalto no Piauí.

O estado também deve receber US$ 6 bilhões de um ambicioso projeto que pretende produzir 25 mil toneladas de níquel em 2025. Em 2026, a expectativa é extrair 800 toneladas de cobalto.
Com o incremento na demanda por produtos de tecnologia, o consumo de cobalto também tem aumentado. Em 2017, era de 71 mil toneladas e há estimativas que chegue a até 222 mil toneladas até 2025.
A busca por veículos elétricos é um dos fatores que impulsiona a indústria. Alguns países já estipularam uma data para banir os veículos a combustão. Na Europa, por exemplo, isto deve acontecer até 2035. Este cenário abre um espaço ainda maior para o cobalto e o Brasil pode aproveitar isso.

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  ESG é fundamental na mineração e valoriza economia circular
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Servidores da Agência Nacional de Mineração iniciam paralisação

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Concurso ANM: resultado final da primeira etapa é divulgado

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA