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População consome água retirada de garimpo desativado devido à seca em rio da cidade

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Há cerca de 30 dias, a população de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá) está sem água nas residências. Os 28 mil moradores têm consumido água retirada de uma “cava garimpeira”, que é um buraco aberto para garimpeiro de ouro, mas já sem uso. Em uma nota no site, a prefeitura admite que está ciente do problema com a falta de água, mas não deu nenhum prazo para a solução.

O deputado Wilson Santos (PSD) esteve no local e visitou o rio Bento Gomes, onde está instalada a captadora principal da concessionária Águas de Poconé. Segundo o parlamentar, o rio está seco, apenas com pedras, galhos secos e animais mortos.

“O rio secou e a Águas de Poconé decidiu captar a água de uma antiga cava de garimpagem, um perigo. Suspeito que o produto possa estar contaminado por metais pesados, como chumbo e mercúrio. Materiais usados na extração de ouro”, explicou o parlamentar.

Wilson esteve na sede da empresa e disse que uma funcionária garantiu que a água é limpa, tratada com cloro e flúor. Disse que a cada hora a água é testada para garantir sua qualidade, mas não pôde dar mais informações porque não tinha autorização da empresa.

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Por fim, o deputado esteve na estação de tratamento de água, mas a segurança não permitiu a entrada.

“A seca do Rio é provoca por ações climáticas, pelas agressões à natureza e pela falta de preservação e manutenção do rio por parte do poder público. Vamos investigar o que está acontecendo. Levar o caso às autoridades competentes, como à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, para que verifique o problema e tome providências para que a população não corra riscos. […] Estive com o prefeito Tatá Amaral (DEM) que disse que não tem interesse em renovar concessão com esta empresa por mais 15 anos”, disse.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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