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Pleitos das coops de energia e mineração são temas de reunião com o Ministério das Minas e Energia

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O secretário-executivo e o de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Efrain Pereira Cruz e Gentil Nogueira, receberam a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, nesta segunda-feira (15), para ouvir as principais demandas do cooperativismo que estão sob a alçada da pasta. O apoio e a estruturação de políticas públicas de incentivo ao coop de energia e mineral foram os destaques do encontro.

Tania, que esteve acompanhada de técnicos do Sistema OCB e do coordenador nacional do cooperativismo mineral, iniciou sua fala apresentando os números dos setores. No segmento de energia, o movimento conta com 67 cooperativas de distribuição que levam serviço com qualidade e modicidade tarifária a mais de 700 mil unidades consumidoras em oito estados da federação. Dessas, 19 delas criaram cooperativas que tem 400 megawatts de geração para comercialização no mercado. O sistema conta ainda com 35 cooperativas de geração distribuída e 780 cooperativas de outros ramos já possuem sistema similar. No setor mineral, são 62 cooperativas, que congregam 15 mil garimpeiros, desempenhando um trabalho sério e ambientalmente correto.

“Em 2021, as cooperativas de infraestrutura somaram R$ 6 bilhões em ativos totais, um aumento de 23% em relação a 2020. Já em 2022, as cooperativas minerais possuíam 422 títulos minerários em produção (concessão e permissão de lavra garimpeiro, e licenciamento). Elas comercializaram 5,6 milhões de toneladas de minérios, como ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante e areia. Além disso, elas recolheram R$ 62,58 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM)”, frisou a superintendente.

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Para o avanço sustentável do cooperativismo nestes dois segmentos, Tania apontou entre as prioridades, apoio na estruturação de políticas para as coops de energia e para as cooperativas minerais.

No setor de energia, a superintendente destacou, que as cooperativas de distribuição de energia elétrica têm papel fundamental no desenvolvimento dos locais em que estão inseridas levando energia elétrica de qualidade a localidades não atendidas por outros agentes do setor. Além disso, Tânia lembrou que as cooperativas geradoras de energia renováveis possuem diversas vantagens, como: diminuição expressiva de custos de produção; obtenção de ganho de escala; melhores condições nas aquisições da infraestrutura e de insumos necessários para a geração; aumento de produtividade; e implementação de processos produtivos mais sustentáveis

Já no setor de mineração, Tania destacou o apoio e estruturação de políticas públicas para organizar as cooperativas minerais. A superintendente ressaltou ainda que o Sistema OCB é parceiro do MME de longa data. No setor mineral, por exemplo, endossou o Acordo de Cooperação Técnica assinado em 2021 com vigência até 2024. Entre as principais ações previstas no acordo estão: análise de projetos de lei em tramitação visando a melhoria regulatória do setor; visitas técnicas às cooperativas, com o propósito de aproximar, sensibilizar, integrar e divulgar boas práticas de mineração responsável e aplicação de dois cursos (Cooperativismo na Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Mape) e Direito Minerário e Cooperativismo) foram aplicados em Mato Grosso, Rondônia e Pará.

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Os cursos, concluídos em abril, contaram com a participação de 110 pessoas – entre presidentes, dirigentes e funcionários – de 25 cooperativas minerais, além servidores públicos, de entidades representativas e prestadores de serviços que atuam no setor.

O coordenador nacional do cooperativismo mineral no Sistema OCB, Gilson Camboim, que também é presidente da Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), apresentou o trabalho que as cooperativas minerais desempenham no suporte ao trabalho dos garimpeiros. Segundo ele, os garimpeiros organizados em cooperativas têm acesso as licenças ambientais, aos títulos minerais, podem realizar a compra coletiva de insumos, maquinários e equipamentos de produção, bem como vender coletivamente seus minérios, acessarem programas de treinamentos e capacitações, entre outras vantagens de uma organização coletiva.

O secretário executivo, por sua vez, destacou que as cooperativas de energia e as minerais podem contribuir para a sustentabilidade, pauta defendida pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além disso, endossou que o cooperativismo é uma forma de cooperação para que as pessoas possam acessar energia elétrica com qualidade e custos mais acessíveis. O secretário destacou também que, por meio das cooperativas minerais, “os garimpeiros podem contar com equipe para orientar e realizar uma mineração mais responsável”.

Por fim, o Secretário ressaltou que o “ministério está à disposição para colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas para os setores de mineração e energia, pois vê o cooperativismo como um importante instrumento de desenvolvimento”.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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