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Pirita: o “ouro de tolo” pode ser mais valioso do que parece

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Também conhecida como ouro de tolo, a pirita é um cristal brilhante, com cor dourada, e que costuma ser usada pelas pessoas para representar a abundância, a confiança e a proteção. Seu nome vem da palavra grega “pyr”, que pode ser traduzida como fogo. Por causa do tom, a pedra por vezes é confundida com o famoso metal precioso.

Agora, uma nova descoberta pode revelar algo surpreendente: que a pirita pode ser mais valiosa do que se pensava até o momento.

O novo valor da pirita

Uma análise feita com uma amostra de pirita nos Estados Unidos mostrou que a pedra continha uma quantidade considerável do elemento químico lítio, que é muito importante para a produção de baterias.

Segundo declaração de Shailee Bhattacharya, uma geoquímica sedimentar que trabalha com o professor Shikha Sharma no Laboratório IsoBioGeM da West Virginia University, essa é a primeira vez que a pirita é associada ao lítio. O estudo dos dois partiu de 15 amostras de rochas retiradas da bacia dos Apalaches, nos Estados Unidos.

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Suas análises revelaram que havia uma quantidade bastante surpreendente de lítio nos minerais de pirita. “Estamos agora tentando entender como o lítio e a pirita podem estar associados”, explicou Bhattacharya. As descobertas feitas pelos pesquisadores serão apresentadas na Assembleia Geral da União Europeia de Geociências (EGU) ainda em 2024.

Os impactos da nova descoberta

A presença de lítio na pirita pode levar a uma nova forma de exploração do lítio, provinda de outra fonte. O que se descobriu é que os minerais de pirita contidos no xisto podem ser uma fonte boa de lítio, o que poderia servir para impulsionar a produção de baterias.

Mas não se deve ainda comemorar muito: os pesquisadores ainda precisam investigar se a novidade é exclusiva do local ou se é uma característica das piritas em geral. Ainda assim, a perspectiva é positiva, e pode representar no futuro novas fontes de energia mais sustentáveis.

Atualmente, produzimos cerca de 100 mil toneladas de lítio por ano”, aponta Hannah Ritchie, cientista de dados da Universidade de Oxford, em um texto chamado “O mundo tem lítio suficiente para migrar para veículos elétricos?”. A previsão é que, até 2030, seja necessário produzir 5 vezes mais para sustentar a demanda.

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“Embora os minérios primários de lítio (pegmatito, salmoura salar e argila associada a vulcões) sejam geralmente bem compreendidos, seria desejável identificar fontes adicionais do elemento que pudessem ser exploradas de forma segura e econômica. Usar material de operações industriais anteriores (por exemplo, rejeitos de minas ou cascalhos de perfuração) como fonte adicional seria interessante, pois geraria pouco ou nenhum novo material residual”, afirmam Shailee Bhattacharya e Shikha Sharma em seu artigo.

 

 

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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