CUIABÁ
Search
Close this search box.

Notícias

Ouro e Cobre: Vem mais um rally do ouro por aí?

Publicado em

O mercado de commodities está em pauta e analistas já começam a prever um novo rally do ouro e do cobre. Segundo Leandro Lara, sócio-diretor da Pine Agronegócios, fatores como cortes de juros nos Estados Unidos e Europa estão entre os principais motores dessa possível alta. Vamos explorar como esses elementos podem impactar o valor dessas commodities.

      Corte de Juros e a Valorização do Ouro

O corte de juros nos Estados Unidos e na Europa tem potencial para transformar o mercado de ouro. Historicamente, há uma relação inversa entre taxas de juros e o preço do ouro. Com a expectativa de que os maiores bancos centrais do mundo reduzam suas taxas, a demanda pelo ouro pode aumentar significativamente. Este movimento, já percebido nos mercados, está influenciando a alta dos preços, mesmo com taxas de juros ainda elevadas.

Geopolítica e Estratégias de Alocação de Capital

A guerra entre Rússia e Ucrânia e a ascensão da China também estão mudando o cenário global de alocação de capital. Países que antes confiavam suas reservas ao dólar estão diversificando suas estratégias, incluindo a compra de ouro. A China, por exemplo, tem vendido títulos do Tesouro americano e aumentado suas reservas em ouro, refletindo uma tendência que pode se fortalecer nas próximas décadas.

Impacto da Política Fiscal e Déficits Elevados

Os altos déficits fiscais dos Estados Unidos e a impressão de moeda em excesso estão impulsionando os investidores a procurar ativos reais. Isso porque, com uma dívida pública recorde de 120% do PIB, os Estados Unidos enfrentam desafios econômicos que podem desvalorizar o dólar a longo prazo. Esse cenário favorece a valorização de ativos como o ouro, que se mantém em níveis elevados.

Mudança de Estratégia dos Bancos Centrais

A busca por segurança financeira está levando os principais bancos centrais a aumentar suas reservas de ouro. Com a preocupação crescente sobre a economia mundial, os bancos centrais estão diversificando suas reservas, optando por commodities que oferecem maior estabilidade. Dessa forma, esse movimento é visto como uma reorganização estratégica que pode manter o ouro em patamares elevados por um período prolongado.

Realocação de Reservas e Valorização dos Ativos Reais

Com a desvalorização das moedas fiduciárias, investidores e bancos centrais estão realocando suas reservas para ativos reais, como o ouro. Este movimento não apenas reflete uma busca por segurança, mas também uma resposta à política fiscal leniente de muitos países desenvolvidos. Em suma, a valorização do ouro, portanto, pode ser um reflexo de mudanças profundas no mercado financeiro global

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  Ouro lidera ranking dos investimentos no primeiro semestre com alta de mais de 25%
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Minas da baixada cuiabana participam de programa da USP para comercialização responsável de ouro

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Governo equipara salários na Agência Nacional de Mineração

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA