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Material mais resistente que diamante poderia ser feito em laboratório

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Uma simulação de supercomputador mostrou que talvez seja possível criar um “superdiamante” em laboratório. O material seria uma fase ainda mais dura e resistente do diamante que conhecemos, que até o momento existe apenas na teoria.

Conhecida como cristal cúbico de corpo centrado de oito átomos (BC8), essa hipotética fase super resistente do carbono poderia suportar uma compressão 30% maior do que o diamante.

Além disso, esse material poderia teoricamente se manter estável sob pressões superiores a 10 milhões de atmosferas terrestres. Em comparação, o diamante comum suporta pressão equivalente a 1 milhão de vezes àquela de nossa atmosfera.

Embora nunca tenha sido encontrado na natureza, astrônomos suspeitam que o BC8 possa existir no centro de exoplanetas (mundos que orbitam outras estrelas que não o Sol) ricos em carbono. Isso porque o interior de alguns exoplanetas gigantes sofre pressão suficiente para produzir o material.

Agora, pesquisadores querem encontrar um meio de compreender e, quem sabe, produzir esse superdiamante em laboratório. Um novo estudo usou simulações de dinâmica molecular no supercomputador Frontier e descobriu a metaestabilidade extrema do diamante em pressões muito altas.

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Para isso, eles deixaram o simulador produzir interações entre bilhões de átomos de carbono com alta precisão quântica, em várias condições distintas de pressão e temperatura. Os autores descobriram que o BC8 só poderia ser produzido nas condições de uma parte muito específica do diagrama de fases de carbono.

Esse estudo revela que os cientistas ainda não puderam sintetizar a fase BC8 do carbono devido à estreita faixa de pressões e temperaturas exigidas. A equipe espera um dia realizar essa façanha e os resultados da pesquisa podem apontar a direção.

O artigo foi publicado no periódico The Journal of Physical Chemistry Letters.

Fonte: The Journal of Physical Chemistry LettersLaboratório Nacional Lawrence Livermore

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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