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Lítio explorado em Minas retorna ao Brasil como produtos mais caros; há chance de romper ciclo?

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Carlos Drummond de Andrade viu o pico do Cauê desaparecer no horizonte de Itabira à medida que a paisagem era pulverizada pela extração do minério de ferro. Seus versos eternizaram questões latentes no imaginário mineiro: o que sobra depois da mineração? Para onde vai tudo o que se tira de Minas? Historicamente, a resposta tem sido a mesma em diferentes ciclos extrativistas do Brasil: vai para fora, rumo a nações mais ricas, e retorna ao país na forma de produtos industrializados, muito mais caros do que os minérios. Agora, enquanto o lítio abre um campo cada vez maior de extração mineral no Vale do Jequitinhonha e região, empresários, pesquisadores e moradores da área se perguntam se a história será a mesma.

Há indicativos de que este seja um risco real – mas que pode ser contornado. Hoje, quase todo o lítio explorado em Minas é exportado. Dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) mostram que 99% das exportações mineiras vão para a China, e 0,2% é destinado aos Estados Unidos, abastecendo gigantes do mercado internacional, como a asiática BYD, uma das principais montadoras de carros elétricos no mundo. Em 2024, o Estado exportou 327,6 mil toneladas de lítio.

Esforços para reter o lítio no Estado existem, mas encontram barreiras. No ano passado, após três anos de negociações, Minas perdeu os investimentos de uma fábrica de baterias de lítio anunciado pela argentina Bravo Motor, que decidiu migrar para a Bahia. O aporte de R$ 25 bilhões em Nova Lima prometia um futuro de utilização do lítio mineiro no próprio Estado, mas divergências econômicas e políticas desfizeram o projeto. Outras empresas de transformação do lítio prospectam se instalar no Estado, segundo o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Invest Minas). Por ora, contudo, não há nada concreto em curso.

Os investimentos para a extração de lítio em Minas são volumosos – até então, da ordem de R$ 6,3 bilhões, de acordo com o instituto. Entretanto, alavancar a indústria de transformação e dar um passo além do extrativismo na região implicaria um empenho e um montante muito maiores. Ao mesmo tempo, geraria oportunidades melhores de emprego e renda.

“Temos uma cultura extrativista de séculos e estamos mantendo isso. Foi o que ocorreu com a soja, com a carne e com o minério de ferro. Para mudar isso, tem que haver um grande esforço de Estado. É um compromisso de médio a longo prazo”, introduz o diretor do Núcleo de Pesquisa para Pequena Mineração Responsável da Universidade de São Paulo (NAP.Mineração/USP), Giorgio de Tomi.

Ele elogia a política de industrialização lançada pelo governo federal em 2024 com metas para os próximos dez anos, batizada de “Nova Indústria Brasil”. Um dos objetivos do programa é que um terço dos veículos eletrificados do país utilize baterias produzidas nacionalmente até 2033 – o que inevitavelmente demandaria mais lítio. Apesar de louvar a iniciativa, o pesquisador reflete que ela é um passo relativamente pequeno. “Ainda não estamos estruturados para dar um passo muito grande. Temos que continuar no curto prazo e não desistir, mas é um grande esforço”, completa o professor.

Confira o especial completo sobre a exploração do lítio em Minas Gerais

Para o coordenador do Instituto Senai de Inovação em Processamento Mineral e do CIT Senai ITR, André Pimenta, o momento atual é de planejar as bases de uma indústria mais tecnológica em Minas que possa ultrapassar a etapa de extração mineral. “Estamos em um turning point, um ponto de virada e de assumir protagonismo. Temos o potencial geológico, e o mundo inteiro está olhando para o Brasil. Agora, temos que nos apropriar desse potencial, e não só exportar. É uma questão de escolha, e não deveríamos focar no extrativismo. Ele é importante, mas não é perene. Temos que pensar em transformação, porque não podemos perder o trem da história”, avalia.

Além de girar a economia com investimentos diretos no país, o avanço a pontos mais altos da cadeia industrial do lítio significa empregos mais qualificados e, consequentemente, salários mais elevados, continua Pimenta. “Qualquer industrialização, seja na mineração ou na tecnologia, gera algum desenvolvimento local, oportunidade de emprego e melhoria de vida. Atrelado a isso, tem que haver treinamentos locais”.

CBL avança na cadeia do lítio

A Companhia Brasileira de Lítio (CBL), primeira empresa a atuar com o minério no Vale do Jequitinhonha e presente na região desde os anos 1990, está um passo além da mineração e produz carbonato e hidróxido de lítio, dois dos componentes das baterias. A empresa é a única no Brasil a operar, além da mineração, uma planta química, sediada em Divisa Alegre, também no Jequitinhonha. Da unidade, o concentrado de espodumênio beneficiado após a extração é transformado em hidróxido de lítio mono-hidratado, em carbonato de lítio e carbonato de lítio grau bateria.

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Os compostos abastecem, além da indústria de veículos eletrificados, os setores de lubrificantes, graxas, cerâmicas e farmacêutico, já que o carbonato de lítio é base para medicamentos usados em transtornos depressivos e bipolares. “Quando a CBL surgiu, esse era um mercado inexistente; mesmo para celulares e pequenos eletrodomésticos ainda era um mercado inexistente. Nem se fala o mercado de veicular, né? Então, não existia esse apelo comercial das baterias de lítio. A CBL é um projeto que foi montado para as aplicações industriais, farmacêuticas e nucleares do lítio”, frisou o CEO da empresa, Vinícius Alvarenga.

O executivo frisa que a dificuldade na industrialização tem relação com problemas de infraestrutura. Falhas em linhas de transmissão de energia e condições ruins das estradas são citadas como empecilhos ao desenvolvimento da cadeia. Na BR-367, entre Araçuaí e Itinga, há um trecho entre as áreas de exploração da CBL e da Sigma Lithium em que, além de as pistas não serem duplicadas, o tráfego é impactado por buracos. Em alguns casos, tamanha a dimensão das fissuras na pista, há risco de acidentes e de danos aos veículos.

“As condições das nossas estradas aqui são péssimas. O setor precisa de uma condição melhor, porque as empresas que vêm de fora têm essas condições lá”, pleiteia Alvarenga. Procurado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse que a BR-367, no trecho entre Araçuaí e Itaobim, está em boas condições de trafegabilidade. A autarquia possui contrato de manutenção vigente que recuperou praticamente todo o segmento entre Itaobim e Araçuaí.

“Só nos últimos dois anos, o Dnit investiu mais de R$ 60 milhões para a melhoria da BR-367 no Vale do Jequitinhonha”, garante o órgão federal. Já o governo de Minas afirma que já concluiu mais de 20 obras em rodovias e planeja outras 20 intervenções. O aporte, conforme o Executivo, chega a R$ 1,32 bilhão para melhorar a condição de tráfego em 1.550 km de rodovias.

Eletrificação a passos lentos

Outro obstáculo é a baixa adesão, no mercado brasileiro, a veículos eletrificados, segundo o CEO. Alvarenga, inclusive, não considera que o Brasil terá uma cadeia completa do lítio nos próximos cinco anos. “A gente não acredita que vai haver produção de células de íon aqui enquanto não tiver mercado. Ou seja, enquanto não tiver mais eletrificação veicular, seja em carros, ônibus, caminhões e mais baterias estacionárias. Não acreditamos que nesse cenário os investidores vão colocar dinheiro no Brasil. Não é uma questão tecnológica nenhuma, é de mercado mesmo. Não tem nada que as empresas não pudessem desenvolver tecnologicamente”, ilustra o diretor.

O executivo ainda destacou que faltam incentivos dos governos, estadual e federal, para alavancar outros setores da cadeia do lítio e também para formar e capacitar mão de obra, sobretudo, qualificada. “Hoje não temos nenhuma ação nesse sentido”, pondera. Na avaliação do diretor do NAP.Mineração/USP, Giorgio de Tomi, a industrialização completa do setor no Brasil tem obstáculos por enquanto difíceis de serem contornados.

“O carbonato é um desafio industrial, e em seguida vem a bateria. Ela não é questão de (falta de) know-how ou de tecnologia, mas de escalabilidade. Nossa capacidade de produção é pequena e não consegue competir em termos de custo operacional com grandes fábricas de carbonato de lítio da Ásia, especialmente as da China e algumas na Coreia do Sul”.

“Temos capacidade técnica, mas não escala, o que nos impede de competir com grandes fábricas. Isso requer investimentos enormes e de médio prazo. Não sei se isso ocorrerá, e, até lá, teremos que sobreviver com o extrativismo, vendendo concentrados de lítio e depois importando baterias com preço mais alto. É o que conseguimos hoje”, continua.

Geopolítica é desafio e oportunidade para a industrialização do Vale do Lítio

Como ocorre hoje com diversos outros setores estratégicos da economia global, a transformação do lítio concentra-se na China. Em grande parte, mesmo países desenvolvidos, como Austrália e Canadá, relegam etapas mais avançadas do processo à Ásia. “Isso não é necessariamente ruim”, pontua o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Júlio Nery, que destaca que os dois países convertem os ganhos com a exportação de lítio em outros investimentos nacionais.

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“Mas entendemos que, neste momento, com o mundo procurando opções, existe uma oportunidade para o Brasil avançar nessa cadeia. Existe dominância de um país, e vários blocos econômicos, como a Europa e os EUA, já colocaram que não gostariam de ter dependência de um país só. Aparecerão diversos concorrentes para suprir essa demanda, e o Brasil pode ser um deles”, prossegue.

Isso depende de altos investimentos do setor privado, por um lado, e estímulo do setor público. A infraestrutura, por exemplo, é um pilar deficiente no Brasil até para a exportação do minério, pontua o diretor do NAP.Mineração/USP, Giorgio de Tomi. “O primeiro gargalo é logístico. O que faz nosso minério de ferro ser o mais competitivo do mundo não é só a qualidade dos depósitos, mas principalmente a cadeia logística que dá suporte a esse depósito. Temos qualidade e preço no minério de ferro. No lítio, estamos longe dessa condição. Ele está sendo escoado de caminhão até o porto”, ilustra.

Ele cita a desativação da linha férrea Bahia-Minas, que levava de Araçuaí, uma das cidades que compõem o Vale do Lítio, até Caravelas, na Bahia. Interrompida em 1966, hoje ela passa por um processo de recuperação para ser reativada.

O aumento do número de mineradoras na região também é um chamariz necessário para empreendimentos de outras etapas da cadeia, analisa o diretor de atração de investimentos da Invest Minas, Ronaldo Barquette. “Se você tem só uma empresa produzindo, é mais difícil trazer outro passo da cadeia. Mas, quando vai montando um cluster de outras, a viabilidade vai aumentando”.

O pesquisador Giorgio de Tomi reforça que a industrialização – no setor do lítio ou em qualquer outro – deve ser um compromisso de Estado, especialmente no cenário em que o mercado depende tanto do jogo geopolítico. “Colocar uma fabricante de grande escala aqui chamaria atenção dos concorrentes da Ásia, que poderiam derrubar os preços. Eles saíram na frente, e todas as grandes fábricas estão lá. Precisamos ter estratégias de médio e longo prazo. Não basta o capital, existe também o controle da geopolítica”, arremata.

O coordenador do Instituto Senai de Inovação em Processamento Mineral e do CIT Senai ITR, André Pimenta, concorda e conclui que o único caminho para Minas Gerais escapar de mais um ciclo de exploração passa pela união e pelo pensamento estratégico. “Tem que ser uma aliança independente de ideologia e partidarismo. Temos que pensar no que é bom para o Brasil”.

Prefeituras querem ampliar capilaridade industrial

Tendo em vista o desenvolvimento integral das cidades para além da extração mineral, prefeitos miram novos investimentos em outras áreas da cadeia. Em Araçuaí, um dos objetivos é a construção de um parque industrial. “Estamos a ponto de iniciarmos discussões sérias com relação à implantação de um parque industrial em Araçuaí, e isso pela necessidade que já surge, né? Já estamos negociando, avaliando a questão junto ao governo do Estado através da Codemge para nos auxiliar na implantação disso, porque são vários os empreendimentos. Sonhamos com grandes empreendimentos, imaginamos que temos, sim, capacidade e condições de receber grandes investimentos”, projeta o prefeito Tadeu Barbosa de Oliveira (PSD).

O chefe do Executivo municipal afirmou que a cidade está em uma condição de posicionamento geográfico privilegiado, o que poderia favorecer novos aportes. “Araçuaí pode vir a ser uma cidade com desenvolvimento muito grande, fomentada através da mineração, que é uma uma atividade que a gente sabe que é de colheita única. Temos essa consciência e estamos trabalhando com a consciência de que isso passa. Assim como passou para outros municípios, passará também para Araçuaí, passará para a região, e temos que ter inteligência e sabedoria em tratar isso”, salienta.

O prefeito de Itinga, João Bosco Cordeiro (PSD), também sublinha a importância da industrialização. “Preciso fazer um investimento em um polo industrial e ainda não disponho de recursos financeiros para construí-lo. Quem pode nos auxiliar são os governos federal e estadual”. Já o governo do Estado, por sua vez, garante estar comprometido em apoiar os municípios envolvidos.

O Executivo trata o assunto de maneira intersetorial. O objetivo, conforme o Estado, é fazer com “que os benefícios da mineração possam ser efetivamente convertidos em desenvolvimento regional sustentável, garantindo que as demandas sociais sejam atendidas e os desafios locais, enfrentados de forma coordenada e eficiente”.

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Como a China dominou minerais críticos da transição

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Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

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As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

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