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Inteligência artificial na mineração é destaque na 2ª Expominério

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O CEO da Ourominas, Juarez de Oliveira e Silva Filho, compartilhou o entusiasmo com as inovações apresentadas no painel “Mineração, Tecnologia e Inteligência Artificial”, durante a 2ª Expominério, que segue até sábado (09.11), no Centro de Eventos do Pantanal. Ao lado da CEO da Techsocial, Fernanda Delbone, e o especialista em Direito Digital, Matheus Oliveira, eles falaram sobre a relevância da IA e de novas tecnologias para a modernização da indústria.

“O painel sobre inteligência artificial foi espetacular. Esse tema está presente em todos os setores, inclusive na mineração. A IA tem sido útil na resolução de problemas, inclusive em processos judiciais. Hoje, em muitos casos, quem acaba dando a solução é a inteligência artificial”, completou. Ele acredita que, embora a IA tenha grande potencial para otimizar operações, é necessário cautela no seu uso.

A tecnologia de separação desenvolvida pela Ourominas foi um dos destaques do painel. Juarez explicou o funcionamento de seu equipamento ao comparar o processo de separação de metais à dissolução de diferentes tipos de açúcar: o açúcar fino se dissolve rapidamente, enquanto o grosso leva mais tempo.

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“Meu equipamento separa o material grosso e o entrega direto ao cliente, o que agiliza a produção e torna o processo mais eficiente”, detalhou. A nova tecnologia atraiu o interesse de participantes internacionais, inclusive de investidores do Peru, demonstrando o impacto e a relevância do produto no setor.

Além da tecnologia e inovação, Juarez enfatizou a importância da união entre os profissionais da mineração para enfrentar desafios comuns.

“Um amigo me disse que um pássaro fora do bando é facilmente capturado por predadores. Na mineração, estamos nos juntando cada vez mais para questionar, nos proteger e fortalecer o setor”, explicou.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

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O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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Ouro rompe US$ 3.000 pela 1ª vez na história: o que motiva alta e até onde ela vai?

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O ouro ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 3.000 por onça, impulsionado pela forte demanda de bancos centrais, incertezas econômicas globais e as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que estão reconfigurando as regras do comércio mundial.

O metal subiu até 0,4% nesta sexta-feira, atingindo US$ 3.001,20 por onça.

A superação desse patamar simbólico reforça o papel secular do ouro como reserva de valor em tempos turbulentos e um indicador do medo nos mercados. Nos últimos 25 anos, o preço do metal valorizou dez vezes, superando até o S&P 500, que quadruplicou no mesmo período.

Com a expectativa de novas tarifas, os preços do ouro nos EUA dispararam acima das referências internacionais, levando comerciantes a enviarem grandes volumes do metal para o país antes da vigência dos impostos. Desde a eleição presidencial até 12 de março, mais de 23 milhões de onças de ouro, avaliadas em cerca de US$ 70 bilhões, foram depositadas nos cofres da Comex, a bolsa de futuros de Nova York. Esse fluxo contribuiu para um recorde no déficit comercial dos EUA em janeiro.

Ouro como refúgio em tempos de crise

Os picos no preço do ouro costumam refletir momentos de estresse econômico e político. O metal superou US$ 1.000 por onça após a crise financeira de 2008 e rompeu US$ 2.000 durante a pandemia de Covid-19. Depois de recuar para cerca de US$ 1.600 no pós-pandemia, o ouro voltou a subir em 2023, impulsionado pela diversificação dos bancos centrais em meio ao temor de sanções dos EUA contra o dólar.

Em 2024, a compra de ouro pela China impulsionou ainda mais a demanda, à medida que preocupações com a economia do país se intensificavam. Após a eleição de Trump, a tendência de alta se acelerou devido ao impacto das novas políticas comerciais.

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“O ouro preserva valor em diversos cenários macroeconômicos adversos”, disse Thomas Kertsos, co-gestor de portfólio na First Eagle Investment Management LLC. “Apesar da volatilidade, historicamente o ouro sempre manteve seu poder de compra e liquidez.”

Mesmo diante de ventos contrários, como juros elevados e um dólar forte – que normalmente reduzem a atratividade do ouro –, o metal continuou a subir. Isso se deve, em parte, ao enfraquecimento do yuan, que estimulou compras de investidores chineses, e ao temor persistente da inflação global.

Muitos investidores também não quiseram perder a valorização do ouro, segundo Philip Newman, fundador da consultoria Metals Focus: “Quando o ouro rompeu US$ 2.400, US$ 2.500 e US$ 2.600, muitos apostavam que haveria uma correção, mas isso não aconteceu. Agora, ninguém quer ficar de fora do rali dos US$ 3.000.”

Trump e a escalada das incertezas

As políticas comerciais de Trump foram um dos principais motores da disparada do ouro em 2025. O presidente impôs tarifas sobre Canadá, México e União Europeia, além de sobretaxar produtos chineses e metais como aço e alumínio. Em resposta às retaliações europeias, os EUA indicaram que podem escalar a guerra comercial.

A administração Trump também sugeriu medidas drásticas na geopolítica global, como a possibilidade de uso de coerção econômica – ou até militar – para assumir controle da Groenlândia e do Canal do Panamá. Além disso, o governo americano surpreendeu aliados ao anunciar negociações diretas com a Rússia sobre a Ucrânia, gerando dúvidas sobre a segurança da Europa.

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“Tudo isso cria uma enorme incerteza econômica global”, afirmou Ian Samson, gestor de portfólio da Fidelity em Cingapura.

Bancos centrais e a desdolarização

O movimento para diversificação das reservas dos bancos centrais também impulsionou o ouro. Desde que os EUA congelaram ativos russos após a invasão da Ucrânia, governos ao redor do mundo passaram a ver o dólar como um risco. A compra anual de ouro por bancos centrais dobrou desde então, passando de 500 para mais de 1.000 toneladas anuais.

A China, considerada um rival geopolítico dos EUA, ampliou suas compras de ouro em 2022. Embora o ritmo tenha desacelerado, outros países preencheram a lacuna, como Polônia, Índia e Turquia, que lideraram as compras no ano passado, segundo o World Gold Council.

Próximos alvos: US$ 3.500 no radar

Mesmo com a disparada recente, o ouro ainda está longe do seu recorde ajustado pela inflação, que foi de cerca de US$ 3.800 em 1980. Na época, uma combinação de baixo crescimento econômico, inflação descontrolada e tensões geopolíticas impulsionou a valorização do metal.

O avanço para US$ 3.000 veio mais rápido do que a maioria dos analistas previam. Ao longo do último ano, conforme o ouro superava marcos como US$ 2.000 e US$ 2.500, os analistas ajustaram suas previsões de alta. Agora, alguns já miram o próximo patamar.

“Para o ouro atingir US$ 3.500 por onça, a demanda de investidores precisaria crescer 10%”, escreveram analistas do Bank of America liderados por Michael Widmer em uma nota de 12 de fevereiro. “Isso é um grande desafio, mas não impossível.”

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