CUIABÁ
Search
Close this search box.

FONTES RENOVÁVEIS

Energia eólica no Brasil: mineração é fundamental para a produção

Publicado em

Para a construção e manutenção de um parque de energia eólica utilizam-se minérios como: bauxita (minério de alumínio), agregados da construção civil (argila, areia e cascalho), cobalto e terras raras (ímãs e baterias), cobre e zinco (fiação), calcário (cimento), minério de ferro (aço), molibdênio (ligas especiais).

De acordo com a Abeeolica (Associação Brasileira de Energia Eólica), estima-se que no Brasil a capacidade instalada de produção de energia gerada pelos ventos seja de 21 GW, tendo potencial eólico superior a 500 GW.

Produção brasileira

Dados divulgados pela Global Wind Energy Council (GWEC)* apontam que, em 2022, o Brasil:

  • ocupou a sexta posição no ranking mundial de produção de energia eólica;
  • bateu o recorde de expansão da capacidade instalada de energia elétrica a partir de fonte eólica;
  • alcançou o terceiro maior crescimento mundial;
  • e o estado brasileiro que mais produz essa energia é o Rio Grande do Norte.

O setor da mineração investe nas energias renováveis com o objetivo de tornar o processo de produção de energia mais limpo e sustentável, e assim contribuir para a redução dos impactos no meio ambiente.

Leia Também:  ANM retoma serviços essenciais, mas servidores seguem em greve

Empresa que investe em energia renovável 

Anglo American tem empenhado esforços pela redução da emissão de carbono proveniente de suas operações e atua com parceiros para ajudar a descarbonizar as cadeias de valor.

No Brasil, um dos destaques dessa estratégia é o uso de fontes de energia renovável que já é tratado como imperativo nos processos de compra de eletricidade da empresa.

Entre 2019 e 2020, foram assinados contratos de aquisição de 140 MWh de energia solar e eólica junto à Atlas Renewable Energy e à AES Tietê.

Em 2022, a empresa tornou-se autoprodutora de energia elétrica renovável por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com a Casa dos Ventos para a produção de energia no parque Eólico Rio do Vento (RN), um dos maiores empreendimentos eólicos do mundo, em um contrato de produção de 95 MW médios até 2041.

Como resultado, a partir 2022, 100% do consumo de energia elétrica da Anglo American no Brasil (300 MW médios) passou a ser certificadamente proveniente de fontes renováveis como eólica, hidráulica e solar, marcando a conclusão da estratégia de aquisição de energia elétrica renovável pela empresa rumo a uma operação cada vez mais sustentável.

Leia Também:  Comissão quer reforçar proibição de garimpo em terras indígenas

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  ANM distribui R$ 120 milhões de royalties de mineração a municípios afetados

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Mineração no contexto da reforma tributária é tema de debate na Comissão de Minas e Energia

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA