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Com foco na mineração, gigante chinesa XCMG/Extra Máquinas aposta no mercado mato-grossense

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Setor que movimenta mais de R$ 7 bilhões por ano em Mato Grosso, a mineração no estado tem atraído investimentos de várias empresas. É o caso da fabricante chinesa de máquinas pesadas XCMG/Extra, que enxerga na mineração mato-grossense potencial de expansão e tem feito grandes investimentos para atender os consumidores da região. A empresa está presente na 2ª Expominério, maior feira desse mercado no país, e que é representada pela Extra Máquinas, em cinco estados brasileiros.

Sexto maior produtor de minérios do país, Mato Grosso tem recebido grandes empresas da mineração que investem principalmente na exploração de ouro, calcário, manganês, estanho, diamante, agregados da construção civil como areia e brita, além do zinco.

Para essa exploração é fundamental o uso de máquinas pesadas, que possibilitam o trabalho. Com esse potencial, a XCMG tem destinado grandes investimentos em Mato Grosso, com fornecimento de máquinas como escavadeiras de grande porte e caminhões de fora de estrada, que são o carro-chefe da fábrica. Apesar de ser chinesa, a empresa adaptou seus produtos para a realidade brasileira, que tem especificidades como as altas temperaturas e o tipo de solo.

“A XCMG é uma fábrica de mais de 80 anos e a terceira do mundo em máquinas pesadas. A empresa enxerga o Brasil como uma terra de grandes oportunidades e Mato Grosso como um mercado de extrema importância. Temos uma projeção mais que positiva para 2025, com crescimento, que inclui não só a venda as máquinas, mas também o pós-venda com assistência técnica especializada e um maior estoque de produtos”, explica o diretor comercial da Extra Máquinas, representante oficial da XCMG no Brasil, Aharon Briante.

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Além das máquinas para mineração, o mercado em Mato Grosso tem demandado também produtos para o agronegócio e a pavimentação de estradas, área que tem se destacado pela quantidade de obras em rodovias realizadas pelo Governo do Estado.

Pensando nisso, a Extra Máquinas apresenta na Expominério uma nova frente de atuação, focada em operação estruturada para mineração e setor florestal. “Organizamos projetos junto a essas empresas e colocamos as máquinas e mão de obra para a realização dos trabalhos pesados e estruturados”, aponta.

“Atendemos diferentes perfis, desde os clientes de grande porte como as mineradoras, mas também clientes de pequeno e médio porte, com as empresas de pavimentação e as construtoras. Mato Grosso tem um enorme potencial para as grandes máquinas em diversos setores, o que chamou a atenção da fábrica chinesa, que tem fornecido produtos cada vez mais personalizados para esse público”, avalia o diretor da Extra Máquinas, Pérsio Briante.

Com 40 anos de história em Mato Grosso, a Extra Máquinas é especialista em máquinas pesadas e já negociou 7,5 mil caminhões e mais de 3 mil escavadeiras, carregadeiras e retroescavadeiras nas últimas quatro décadas. Entre os diferenciais da empresa estão os maquinários da XCMG à pronta entrega, mesmo os de grande porte, além do pós-venda com uma equipe especializada que garante o suporte necessário ao cliente em até 24 horas.

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“Além da qualidade do produto, o nosso diferencial é o pós-venda para dar aos nossos clientes o atendimento em tempo hábil para resolver o problema. Sempre trabalhamos para melhorar a nossa estrutura que fornece um suporte rápido e de qualidade aos nossos clientes, tendo em vista que uma máquina parada é sinônimo de prejuízo”, avalia Briante.

Hoje a XCMG, por meio da Extra Máquinas, e que tem operações estruturadas no setor de mineração, terraplanagem, florestal e agropecuária, está presente em Cuiabá, Sinop, Nova Mutum, Água Boa, Confresa, além de Benevides, Itaituba e Marabá, no Pará, em Aparecida de Goiânia e Jataí, em Goiás, e no Distrito Federal.

Expominério

Realizada pelo segundo ano em Cuiabá, a Expominério tem como objetivo se tornar um evento referência no setor de mineração. Neste ano foram debatidos temas como os desafios do setor, mineração sustentável, soluções práticas para certificação, políticas jurídicas, transição energética, inovações e mercado internacional de investimentos. Entre as participações especiais estão o ex-ministro Aldo Rebelo e o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Seabra.

O evento contou ainda com stands de empresas do setor que levaram inovações tecnológicas e iniciativas não só do Governo de Mato Grosso como de outros estados que já estão em andamento e que têm trazido resultados positivos. A feira vai até sábado (9).

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Ouro rompe US$ 3.000 pela 1ª vez na história: o que motiva alta e até onde ela vai?

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O ouro ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 3.000 por onça, impulsionado pela forte demanda de bancos centrais, incertezas econômicas globais e as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que estão reconfigurando as regras do comércio mundial.

O metal subiu até 0,4% nesta sexta-feira, atingindo US$ 3.001,20 por onça.

A superação desse patamar simbólico reforça o papel secular do ouro como reserva de valor em tempos turbulentos e um indicador do medo nos mercados. Nos últimos 25 anos, o preço do metal valorizou dez vezes, superando até o S&P 500, que quadruplicou no mesmo período.

Com a expectativa de novas tarifas, os preços do ouro nos EUA dispararam acima das referências internacionais, levando comerciantes a enviarem grandes volumes do metal para o país antes da vigência dos impostos. Desde a eleição presidencial até 12 de março, mais de 23 milhões de onças de ouro, avaliadas em cerca de US$ 70 bilhões, foram depositadas nos cofres da Comex, a bolsa de futuros de Nova York. Esse fluxo contribuiu para um recorde no déficit comercial dos EUA em janeiro.

Ouro como refúgio em tempos de crise

Os picos no preço do ouro costumam refletir momentos de estresse econômico e político. O metal superou US$ 1.000 por onça após a crise financeira de 2008 e rompeu US$ 2.000 durante a pandemia de Covid-19. Depois de recuar para cerca de US$ 1.600 no pós-pandemia, o ouro voltou a subir em 2023, impulsionado pela diversificação dos bancos centrais em meio ao temor de sanções dos EUA contra o dólar.

Em 2024, a compra de ouro pela China impulsionou ainda mais a demanda, à medida que preocupações com a economia do país se intensificavam. Após a eleição de Trump, a tendência de alta se acelerou devido ao impacto das novas políticas comerciais.

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“O ouro preserva valor em diversos cenários macroeconômicos adversos”, disse Thomas Kertsos, co-gestor de portfólio na First Eagle Investment Management LLC. “Apesar da volatilidade, historicamente o ouro sempre manteve seu poder de compra e liquidez.”

Mesmo diante de ventos contrários, como juros elevados e um dólar forte – que normalmente reduzem a atratividade do ouro –, o metal continuou a subir. Isso se deve, em parte, ao enfraquecimento do yuan, que estimulou compras de investidores chineses, e ao temor persistente da inflação global.

Muitos investidores também não quiseram perder a valorização do ouro, segundo Philip Newman, fundador da consultoria Metals Focus: “Quando o ouro rompeu US$ 2.400, US$ 2.500 e US$ 2.600, muitos apostavam que haveria uma correção, mas isso não aconteceu. Agora, ninguém quer ficar de fora do rali dos US$ 3.000.”

Trump e a escalada das incertezas

As políticas comerciais de Trump foram um dos principais motores da disparada do ouro em 2025. O presidente impôs tarifas sobre Canadá, México e União Europeia, além de sobretaxar produtos chineses e metais como aço e alumínio. Em resposta às retaliações europeias, os EUA indicaram que podem escalar a guerra comercial.

A administração Trump também sugeriu medidas drásticas na geopolítica global, como a possibilidade de uso de coerção econômica – ou até militar – para assumir controle da Groenlândia e do Canal do Panamá. Além disso, o governo americano surpreendeu aliados ao anunciar negociações diretas com a Rússia sobre a Ucrânia, gerando dúvidas sobre a segurança da Europa.

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“Tudo isso cria uma enorme incerteza econômica global”, afirmou Ian Samson, gestor de portfólio da Fidelity em Cingapura.

Bancos centrais e a desdolarização

O movimento para diversificação das reservas dos bancos centrais também impulsionou o ouro. Desde que os EUA congelaram ativos russos após a invasão da Ucrânia, governos ao redor do mundo passaram a ver o dólar como um risco. A compra anual de ouro por bancos centrais dobrou desde então, passando de 500 para mais de 1.000 toneladas anuais.

A China, considerada um rival geopolítico dos EUA, ampliou suas compras de ouro em 2022. Embora o ritmo tenha desacelerado, outros países preencheram a lacuna, como Polônia, Índia e Turquia, que lideraram as compras no ano passado, segundo o World Gold Council.

Próximos alvos: US$ 3.500 no radar

Mesmo com a disparada recente, o ouro ainda está longe do seu recorde ajustado pela inflação, que foi de cerca de US$ 3.800 em 1980. Na época, uma combinação de baixo crescimento econômico, inflação descontrolada e tensões geopolíticas impulsionou a valorização do metal.

O avanço para US$ 3.000 veio mais rápido do que a maioria dos analistas previam. Ao longo do último ano, conforme o ouro superava marcos como US$ 2.000 e US$ 2.500, os analistas ajustaram suas previsões de alta. Agora, alguns já miram o próximo patamar.

“Para o ouro atingir US$ 3.500 por onça, a demanda de investidores precisaria crescer 10%”, escreveram analistas do Bank of America liderados por Michael Widmer em uma nota de 12 de fevereiro. “Isso é um grande desafio, mas não impossível.”

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