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ECONOMIA

Brasil pode arrecadar mais de R$ 300 mi com leilão de áreas para mineração na B3 em 2025

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O governo pode arrecadar mais de R$300 milhões com o leilão de disponibilidade minerária que ocorrerá no segundo semestre deste ano com um modelo inédito, na bolsa paulista B3, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Sousa, à Reuters.

O certame ofertará até 7 mil áreas novas ou devolvidas à ANM, e abarcará oportunidades com potencial para minerais críticos, como terras raras, lítio e outros insumos considerados relevantes para transição energética.

“A expectativa agora é essa, arrecadar mais de R$300 milhões, num universo de até 7 mil áreas”, disse Sousa à Reuters. “Temos muitas áreas boas, interessantes, que já foram ‘bidadas’, mas ficaram na mão de aventureiros, estão de volta. Mas tem áreas novas também.”

A proposta da ANM, segundo o diretor-geral, é realizar a partir de 2026 ao menos três leilões de áreas, cada um de até 7 mil áreas, tornando a oferta frequente e permanente para players locais e internacionais.

Atualmente, a ANM conta com aproximadamente 90 mil áreas para colocar em oferta pública, disse ele.

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“No futuro, podemos fazer até leilões específicos, por mineral crítico definido”, acrescentou o diretor-geral da ANM.

Sousa destacou que o novo modelo de leilão, na B3, vai exigir aporte para habilitação e garantias financeiras dos interessados nas áreas, com o objetivo de afastar eventuais especuladores.

De acordo com Sousa, muitas empresas ou pessoas participavam no passado de ofertas minerais com o único interesse de renegociar o ativo no “mercado paralelo”, uma vez que não tinham estrutura financeira ou organizacional para atuar nas atividades de lavra e produção no país.

“Isso vai representar uma melhora e um avanço. Antes, acontecia de uma pessoa ou empresa fazer um ‘bid’ de R$2 milhões, mas não tinha gente, estrutura ou recurso para pagar. Aí, sai por aí tentando recursos no mercado, fazendo uma espécie de leilão paralelo”, declarou Sousa.

O contrato com a B3 teria valor de R$33 milhões e poderia viabilizar a realização de leilões para disponibilizar aproximadamente 105 mil áreas minerárias ao longo de cinco anos.

Reportagem distribuída pela Reuters.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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