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AS MAIORES EMPRESAS DO SETOR MINERAL Ranking das 200 Maiores começa a se diversificar

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Respondendo por mais de 90% do valor da produção mineral brasileira e de 93% de recolhimento da CFEM (Contribuição Financeira pela Exploração Mineral), as 200 Maiores Empresas do Setor Mineral, que compõem o tradicional ranking exclusivo de Brasil Mineral, destacam-se na produção de calcário e gipsita (60 empresas), minério de ferro (39), Agregados (19), ouro (19), carvão (9), bauxita (6), estanho (6), fosfato (6), rochas ornamentais (4) e níquel (3).

Fica patente, no ranking, a grande predominância dos produtores de calcário, dos quais houve uma proliferação nos anos recentes, após a intensificação do uso do calcário na agricultura, principalmente na região Centro- -Oeste, onde ocorreu e ainda está ocorrendo uma grande expansão da fronteira agrícola. Embora neste caso a lista seja liderada pelas cimenteiras, em função do grande volume que produzem, também estão no topo produtores de calcário agrícola.

O segundo segmento com maior número de empresas entre as 200 Maiores é o do minério de ferro, a grande maioria atuando no estado de Minas Gerais. O grande destaque, por óbvio, é a Vale, que ainda se mantém na liderança da produção de minério de ferro não apenas no Brasil, mas globalmente, apesar do aumento de capacidade dos australianos. Aliás, a Vale, sozinha, respondeu por mais de 53% do recolhimento de CFEM em 2023. Somando-se a participação da Salobo Metais (controlada pela Vale Base Metals) e da Samarco (onde detém 50%), a participação da Vale sobe para cerca de 56%. Os outros destaques no minério de ferro são a Anglo American e CSN Mineração. Desponta também no ranking a LHG Mining, do grupo J&F, que programou pesados investimentos para se tornar um produtor de ferro e manganês relevante com depósitos que adquiriu da Vale. Nos próximos anos, a perspectiva é que a participação do minério de ferro no ranking aumente, com a entrada de novos players.

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O segmento do ouro, com 20 empresas no ranking, é o terceiro mais importante. Liderada há vários anos pela Kinross, seguida pela AngloGold Ashanti, a produção de ouro passou a contar, no período recente, com empresas de médio porte, sobretudo aquelas listadas em bolsas no exterior, que lavram depósitos menores, com escalas de produção médias e vida útil não muito longa. Fazem parte desta lista empresas controladas pela Equinox Gold, Aura Minerals e Panamerican Silver. Brevemente a lista será ampliada, com o ingresso de empresas como a GMining e Hochschild, cujos projetos estão entrando em produção.

Já o setor de Agregados, com 19 empresas, não tem apresentado muita diversificação em termos do ingresso de novos players. Este é um segmento caracterizado por empresas de médio porte, com algumas exceções, já que os grandes grupos, que haviam ingressado na produção brasileira alguns anos atrás, estão deixando o setor ou se retraindo. É o caso do grupo Votorantim, que decidiu se concentrar no cimento e da LafargeHolcim, que foi vendida para a CSN Cimentos, que não deve atuar forte na produção de Agregados.

Uma novidade no ranking é a maior participação de produtores de lítio, que entrou na lista dos bens minerais mais produzidos no País em termos de valor. Companhias como a Sigma Lithium entraram pela primeira vez no ranking. A AMG Brasil começou a produzir este ano e deve figurar no ranking a partir do próximo ano. Deve haver uma ampliação no número de players nos próximos anos, levando-se em conta as empresas que estão com projetos novos no segmento.

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Outro segmento que deve ampliar o rol de produtores é o de grafita, que atualmente conta com uma única empresa. Há pelo menos dois projetos em implantação, que deverão entrar em produção nos próximos anos, o que significa novos players.

Também deverão passar a fazer parte do ranking, no futuro próximo, produtores de minerais como terras raras, das quais já existe um projeto em produção no Brasil e vários outros em estágios diferenciados, que vão da exploração mineral ao licenciamento para implantação.

Um aspecto que chama atenção no ranking é a existência de vários bens minerais nos quais existem apenas um ou dois players atuando, como é o caso do caulim, fluorita, ilmenita, manganês, vanádio, vermiculita e zinco. A conclusão a que chegamos é que ou não existem no País outros depósitos atrativos desses bens minerais, ou são mercados em que os produtores atuais têm tradição e controle de mercado, desmotivando a entrada de novos players.

De toda maneira, o ranking mostra que tem havido, sobretudo ao longo das últimas décadas, uma diversificação dos players que atuam na mineração brasileira, que deve se acentuar, o que é algo considerado como bastante positivo.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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