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Drones transformam mineração e melhoram condições de segurança, precisão e sustentabilidade

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O caminho do ouro até as joias que nos enfeitam é complexo e, bem como qualquer outro material que origina de um processo minerário, enfrenta desafios que vão desde terrenos de difícil acesso, passando por operações prolongadas, alta exposição e uma constante necessidade de precisão técnica. Todavia, nos últimos anos, no entanto, cada vez mais a incorporação de recursos tecnológicos tem sido um fator poderoso na superação desses obstáculos. Um exemplo é o dos drones, que estão na vanguarda dessa revolução silenciosa, mas impactante.

Essa ferramenta possui aplicação versátil, utilizada para diferentes frentes e finalidades. “O drone deixou de ser um recurso complementar e passou a ser parte do coração das nossas operações. Ele amplia a visão técnica do engenheiro de minas e otimiza desde o planejamento até a execução das frentes de lavra”, explica Pedro Portugal, engenheiro de minas e diretor-técnico da Keystone Mineração.

Um dos principais usos dos drones na mineração está no mapeamento de áreas. Esse tipo de levantamento, que antes demandava semanas de trabalho manual, hoje pode ser feito em questão de horas, com custos significativamente menores e muito mais segurança para os profissionais.

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Basicamente, equipados com sensores de alta definição, os dispositivos geram ortofotos e modelos tridimensionais de alta resolução. Com esses dados, conseguimos avaliar o relevo com detalhes milimétricos, o que torna o projeto mais eficiente e diminui o tempo de resposta para decisões estratégicas”, completa Portugal.

O diretor-técnico da Keystone ainda salienta que outro ponto forte é a capacidade de monitorar áreas extensas e remotas em tempo real. “Nas operações da Keystone, utilizamos os drones para inspecionar diques, verificar frentes de lavra e acompanhar áreas de impacto ambiental. Ao receber as imagens quase instantaneamente, conseguimos identificar gargalos e ajustar rotas ou processos antes que eles se tornem problemas”.

Pedro ainda acrescenta a respeito da segurança dos trabalhadores, que também pode ser potencializada. “O uso de drones reduz a necessidade de expedições a zonas instáveis ou com riscos geotécnicos, permitindo inspeções à distância e com maior frequência. Agora me diga se mineração segura não é mineração inteligente? Acredito que sim. E os drones nos ajudam a tomar decisões com base em dados e sem colocar vidas em risco”.

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Além dos benefícios imediatos, a Keystone já mira o futuro. Os drones vêm sendo integrados a tecnologias como inteligência artificial e análise em nuvem. Isso permite, por exemplo, prever falhas em estruturas, otimizar rotas de extração e projetar cenários sustentáveis com menor impacto ambiental.

“Não estamos apenas extraindo minerais. Estamos reconstruindo a forma de fazer mineração, com inteligência, responsabilidade social e compromisso ambiental. O uso de drones na mineração não é mais uma tendência. É uma realidade consolidada. E, para empresas como a nossa, é também um instrumento de transformação. Queremos um setor mais eficiente, seguro e preparado para os desafios do amanhã. Para isso, precisamos nos cercar de tecnologias modernas”, reforça Portugal.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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