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Geopolítica

Raul Jungmann destaca a posição estratégica do Brasil na transição energética mundial

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O futuro da humanidade depende dos minerais críticos e estratégicos. E, neste cenário, o Brasil tem uma posição estratégica na transição energética e na descarbonização mundial. É o que afirmou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Raul Jungmann, na abertura da Conferência Internacional – Cadeia de Valor de Minerais Estratégicos para Transição Energética e Descarbonização, realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do IBRAM, nesta segunda, 10/3, no Rio de Janeiro (RJ). 

Jungmann enfatizou que a principal ameaça enfrentada pela humanidade é a transição energética, necessária para o combate à crise climática. Segundo ele, a mineração se coloca como uma solução crucial para a transição de uma matriz energética baseada em combustíveis fósseis para outra baseada em energias renováveis. “Sem os minerais críticos, não haverá essa transição”, afirmou. Ele destacou ainda que, na geopolítica global, a mineração e os minerais estratégicos desempenham um papel fundamental. “Um dos fatores centrais que moldarão o futuro, não apenas o econômico, mas o futuro da própria humanidade, passa pela mineração e pelos minerais críticos e estratégicos”, disse.

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O Brasil, segundo o diretor-presidente do IBRAM, desempenha um papel-chave nessa transição energética. No entanto, ele alertou para quatro desafios a serem enfrentados. O primeiro é o desconhecimento do potencial minerário do território brasileiro, apesar dos esforços do Serviço Geológico do Brasil (SGB). O segundo diz respeito aos aspectos regulatórios da mineração no país. O terceiro desafio envolve o financiamento e o crédito para o setor. Por fim, o quarto é a necessidade de uma política nacional voltada para expandir a produção dos minerais críticos.

“Precisamos de uma direção clara. É urgente estabelecer uma política nacional para minerais críticos que identifique quais dos nossos recursos podem ser industrializados e inseridos na cadeia produtiva, com mercado garantido. Investir em algo que não tenha potencial para gerar uma cadeia de valor não faz sentido”, avaliou Jungmann.

A mesa de abertura da Conferência contou também com o diretor do BNDES, José Luis Gordon, e com o presidente do Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera. O evento acontecerá até amanhã, 11/3, com transmissão online no Canal  Youtube do BNDES https://www.youtube.com/results?search_query=bndes.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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