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CIÊNCIA

Empresa americana lança nave para explorar minerais no espaço e tentar fazer fortunas na Terra

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O espaço está repleto de metais valiosos. E se fosse possível minerá-los e fazer fortunas na Terra? Essa é a promessa de uma empresa americana, que inicia sua missão espacial nesta quarta-feira (26). Eles podem ser os primeiros a avançar na corrida pela “exploração da riqueza espacial”.

Ouro, platina, cobre, paládio, cobalto e tungstênio são alguns dos metais de alta demanda para a tecnologia, mas que não estão disponíveis em larga escala na Terra. No entanto, eles existem em abundância no espaço.

Na corrida por esses metais, a empresa americana AstroForge lança hoje sua nave espacial, um projeto com investimento de mais de US$ 55 milhões (aproximadamente R$ 337 milhões, na cotação atual). O objetivo é ser a primeira a alcançar um asteroide rico em minérios, acessá-lo e, futuramente, minerá-lo para gerar riqueza na Terra.

A mineração espacial não é uma ideia nova. Há cerca de uma década, algumas empresas anunciaram planos semelhantes, mas nenhuma conseguiu avançar. Agora, a AstroForge está mais perto do que qualquer outra já esteve desse objetivo.

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Nenhuma empresa comercial jamais lançou uma missão operacional além da Lua. A AstroForge, no entanto, é a primeira a obter uma licença da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos para transmitir do espaço profundo. Apesar da importância desse passo, ele é apenas o começo.

A nave Odin tem como meta se aproximar do asteroide 2022 OB5, que se acredita ser do tipo M – uma classe de asteroides que representa cerca de 5% das rochas espaciais conhecidas e que podem conter grandes quantidades de metal.

O minério encontrado nesse tipo de asteroide pode ser importante para fabricação de novas naves e máquinas. No entanto, alguns tipos M podem ser ricos em metais preciosos do grupo da platina (PGMs), usados em dispositivos como smartphones.

Neste primeiro momento, a missão será de reconhecimento. Após o lançamento, a Odin enfrentará uma jornada de 300 dias até o asteroide, onde fará as primeiras imagens para determinar a presença de metais. As imagens serão capturadas a uma distância de quase mil metros ao longo de cinco horas.

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A expectativa da empresa é que as imagens sejam suficientes para identificar se o asteroide é metálico. Características como brilho e crateras no solo podem indicar a presença de metais ocultos. No entanto, mesmo que a composição metálica seja confirmada, ainda não há um plano imediato para a mineração.

O sucesso não é garantido. A primeira missão da AstroForge, a Brokkr-1, foi lançada em órbita baixa da Terra em abril de 2023 para testar a tecnologia de refino de asteroides, mas enfrentou problemas e queimou na atmosfera.

Por outro lado, se a mineração espacial se tornar viável, algumas estimativas indicam que um único asteroide poderia suprir a demanda da indústria tecnológica por centenas de anos, gerando uma riqueza incalculável.

Outro desafio para a empresa é a questão da propriedade dos recursos espaciais. Nos Estados Unidos, uma lei permite que empresas privadas detenham a posse dos minérios que extraírem no espaço. No entanto, nada impede que outra empresa também explore o mesmo local descoberto pela AstroForge.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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