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Indústria de diamantes brilha menos: preços caem com ascensão das pedras sintéticas

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A indústria de diamantes enfrenta tempos difíceis. A demanda, especialmente na China, vem caindo por diversos motivos: mudança de hábitos de consumo, preferência por ouro e pedras preciosas sintéticas e até mesmo a diminuição do número de casamentos.

Números frios revelam a realidade: a procura por diamantes não é mais a mesma. Na China, um mercado crucial para a indústria, as vendas em 2023 despencaram 15% em comparação com o ano anterior. Globalmente, os preços dos diamantes caíram 5,7% em 2024, acumulando uma queda superior a 30% desde o pico de 2022, as informações são da CNBC. A De Beers precisou reduzir preços em 10% no início do ano para tentar conter a crise.

Em meio à queda na demanda tradicional, surge um novo concorrente: as gemas sintéticas. Produzidas em laboratório, essas pedras oferecem beleza similar aos diamantes naturais a um preço até 85% mais barato.

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Nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de diamantes, a preferência por gemas sintéticas nos anéis de noivado disparou: em 2024, metade das peças terão pedras sintéticas, contra apenas 2% em 2018. A previsão para 2030 é ainda mais desafiadora: a produção de diamantes sintéticos deve chegar a 20% do mercado global.

Investimento caiu

Além disso, o apelo dos diamantes como investimento também diminuiu. Tradicionalmente vistos como reserva de valor, os diamantes perdem atratividade com a queda de preços.

Especialistas apontam caminhos para a recuperação do setor. Alguns acreditam que a indústria precisa investir em marketing para “criar o desejo” pelos diamantes, como fazem segmentos de luxo como relógios e bolsas.

Uma colaboração recente entre a De Beers e a Signet Jewelers, maior rede de joalherias do mundo, visa impulsionar a demanda por diamantes naturais. A Signet espera um aumento de 25% nos pedidos de noivado nos próximos três anos.

Apesar dos desafios, a união da maior mineradora e maior varejista de diamantes do mundo pode ser um passo significativo para a recuperação do setor. Resta saber se será suficiente para fazer os diamantes brilharem novamente.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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