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O ouro não vai parar de subir: “prima pobre” pode ofuscar o brilho amarelo — vale a pena investir nessa alternativa agora?

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Há um consenso no mercado sobre o ouro: o metal precioso, que vem renovando máxima atrás de máxima, não vai parar de subir tão cedo — só que uma outra commodity pode ofuscar o brilho amarelo.

Os preços à vista do ouro avançam para US$ 2.190 por onça, depois de atingirem o maior nível desde 1979 na quinta-feira (7). E esse avanço está sendo acompanhado de perto pela prata.

Os preços à vista da prata, por sua vez, sobem 0,2%, a US$ 24,36 por onça.

Na semana passada, no entanto, o contrato avançou mais de 5% e atingiu na quinta-feira (7) o nível mais alto desde o final de dezembro.

O que faz ouro e prata subirem

Tanto o ouro como a prata subiram nas últimas semanas em meio às expectativas de cortes na taxa de juros nos EUA.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse na quinta-feira que a inflação “não está longe” de onde deveria estar para que o banco central norte-americano inicie o afrouxamento monetário.

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O ouro, que é normalmente considerado um ativo “porto seguro” em tempos de incerteza financeira, recuperou-se apesar das altas taxas de juro e de um dólar relativamente forte.

Vale a pena investir em prata?

Os preços do ouro e da prata têm mostrado uma forte correlação positiva  — embora a prata seja muitas vezes descrita como a “prima mais pobre” do ouro.

No início do ano, o Silver Institute projetou a demanda global pela prata em 1,2 bilhão de onças em 2024, atingindo o segundo patamar mais elevado já registrado na história.

Então, o que muito investidor pode estar se perguntando agora é: vale a pena comprar prata agora?

O CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, alerta que o investimento em prata tem mais sutilezas quando comparado ao ouro.

“A prata não é um ativo que guarda as mesmas características do ouro. A prata é mais abundante e tem muita demanda industrial. Além disso, traz mais questões de manutenção, armazenamento e tem mais problemas para tratarmos como reserva de valor”, diz Piccioni, que indica o Empiricus Prata, também via plataforma do BTG, para quem quiser se expor ao metal.

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O UBS, por sua vez, diz que as perspectivas para a prata são tão otimistas quanto a do ouro.

A prata não é um refúgio geopolítico ou porto seguro tão comum quanto o ouro — o que explica em parte o desempenho inferior ao do ouro nos últimos anos. Mas a situação poderá mudar quando o Fed começar a cortar os juros, segundo o UBS.

 

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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