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Acordo entre mineradora Nexa e Cooperativa de Garimpeiros é renovado

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O Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) n.º 13/2020 firmado entre a ANM – Agência Nacional de Mineração, a NEXA Recursos Minerais S/A, a Cooperativa de Mineradores e Garimpeiros da Região de Aripuanã – COOPEMIGA e a Companhia Matogrossense de Mineração – METAMAT, foi prorrogado por dois anos e meio. O TAC  delimitou a regularização da atividade garimpeira de Ouro realizada na área de 516,9 ha sob regime de permissão de lavra garimpeira (PLG).

O Escritório Irajá Lacerda Advogados Associados fez a intermediação das negociações entre Cooperativa, a Nexa e instituições governamentais.

Para o advogado José Lacerda, que atua há mais de 40 anos na área mineraria, a prorrogação do acordo é muito mais do que uma negociação é o sonho de um projeto para o Brasil, para reduzir as desigualdades regionais e sociais, fazendo a adequada utilização dos recursos naturais, pois, de garimpeiros ilegais como eram tratados, se tornaram empresários mineradores e contribuintes para o estado já que a produção de ouro é declarada em nota fiscal, gerando emprego, renda e desenvolvimento econômico.

O diretor presidente da Coopemiga, Antônio Vieira, relembrou todas as dificuldades que mais de 1.800 famílias passaram ao ter suas casas e equipamentos destruídos antes da legalização, mas disse que todo esforço valeu a pena, pois, agora esses garimpeiros se tornarão empreendedores, gerando emprego e renda para milhares de pessoas, sendo a Cooperativa responsável por 40% do movimento do comércio do município de Aripuanã-MT, e na Vila Garimpeira hoje as famílias tem casa, água, energia e internet.

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A diretora administrativa, Andreia Cristina ainda frisou que o projeto é transformar a Cooperativa na maior e mais bem organizada Cooperativa Mineraria do Brasil, o diretor financeiro Ademir Santos lembrou que os casos de malária que antes chegavam a 700 por mês, hoje é extinto em razão das medidas que foram tomadas com a organização da Cooperativa, com a organização e criação da Cooperativa acabaram os conflitos.

Na reunião em Brasília participaram os representantes da Mineradora Nexa, Lucila Ribeiro Cestariolo, Gerente Geral de Relações Institucionais e Comunicação e Guilherme Simões Ferreira, Gerente Geral Juridico e em Aripuanã Sérgio Augusto Carvalho de Oliveira, Consultor de Relações Institucionais. O acordo significa uma grande ação social da Nexa, pois, a mineradora não é obrigada a assinar o TAC para permitir a exploração pelos garimpeiros, mas assinou, contribuindo assim para o desenvolvimento social do Brasil, repartindo bens e riquezas.

O diretor da ANM – Agência Nacional de Mineração, Caio Mario Trivellato Seabra Filho, disse que a ANM tem a competência de mediar, conciliar e decidir sobre os conflitos entre os agentes da atividade de mineração, e por isso conduziu as negociações entre as partes envolvidas.

Na qualidade de Interveniente-Anuente, representando o Governo do Estado de Mato Grosso, a METAMAT representada por seu presidente Juliano Jorge Boraczynski, apresentou quesitos para serem cumpridos com relação a questão ambiental e ressaltou que o governo impulsiona o desenvolvimento social e está fazendo a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para aprimorar a mineração e a preservação do meio ambiente no estado.

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Para que o TAC fosse eficaz com sua prorrogação também foi necessário a autorização do superficiário que é a empresa Canadá, representada por seu CEO Juliano Garutti, que declarou que a empresa sempre apoiará a desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente e  a geração de oportunidades.

A advogada Maria Claudia Heming que juntamente com o advogado José Lacerda intermediou as negociações, disse que o objetivo é impender o preceituado na Constituição Federal, que esteia-se na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, sendo o trabalho um dos direitos e garantias fundamentais (art.6º da CRFB/88), atendendo a função social da propriedade (inciso XXII, artigo 5º da CRFB/88), e a defesa do meio ambiente.

Contribuir para o desenvolvimento econômico, financeiro e social dos brasileiros é uma meta do grupo que representa, do escritório Irajá Lacerda Advogados Associados, pois o Brasil é um país rico e tem inúmeras oportunidades, e no plano de estratégias de contribuição social do escritório essa é uma das pautas que será trabalhada diligentemente.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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