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ECONOMIA

Decisão de pausar juros dos EUA impacta preço do ouro

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contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira (15), após ter operado em baixa durante grande parte da sessão, favorecido pela queda do dólar e dos juros dos Treasuries. Ainda, os preços seguiram expectativas para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), após pausa nos juros na última quarta-feira (14) e depois da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,09%, a US$ 1.970,70 por onça-troy.

Na visão do analista Carig Erlam, da Oanda, o ouro conseguiu se recuperar no fim do pregão, ao lado de um euro fortalecido ante o dólar e com o resultado dos pedidos de auxílio-desemprego, maior que o esperado, o que pode sugerir alívio ao mercado de trabalho americano – apesar da possibilidade de o dado ser “ruidoso”.

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“Se o ouro terminar o dia na faixa de US$ 1.940 a US$ 1.980, talvez seja surpreendente, considerando tudo o que vimos e ouvimos nesta semana. Será interessante ver se isso continua, já que a narrativa sobre o Fed parece ter mudado nos últimos dias” avalia Erlam.

Apesar da alta, o Julius Baer avalia que essa não foi uma boa semana para o ouro, com os preços caindo devido a um relatório misto de inflação dos EUA, e pressionado ainda mais após o Fed ter sinalizado “prontidão” para aumentar as taxas de juros novamente. “Embora não vejamos a necessidade de novos aumentos, também não acreditamos que o fim do ciclo de alta das taxas melhorará as perspectivas para o ouro e a prata – a menos que a economia dos EUA deslize para uma recessão de base mais disseminada e duradoura”, analisa o banco suíço.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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