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1° PCO DAY

Evento aborda processos na mineração e estreita relação com postos de compra de ouro

A ação realizada pela Fênix DTVM tratou de inovações, rastreabilidade, prevenção a crimes e toda cadeia do ouro responsável

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Responsáveis por Postos de Compra de Ouro (PCO) com atuação em 4 estados (MT, PA, GO e RO) participaram do 1° PCO Day, realizado no último sábado (25), em Cuiabá. Organizado pela Fênix DTVM, o circuito de palestras e rodas de conversas abordaram ações da cadeia do ouro responsável.

De acordo com Pedro Eugênio Procópio da Silva, diretor da Fênix DTVM, o objetivo do evento foi de transmitir para os PCOs a preocupação dos cuidados que devem ser tomados quanto a regularidade das operações, fomento de controles e implantação de novas tecnologias que permitam o sucesso e tranquilidade quanto ao não envolvimento com qualquer situação de risco.

“A transparência dentro de um mercado como o nosso é essencial. Tanto é verdade que toda essa transparência que carregamos é confirmada pelo reconhecimento internacional que a fênix tem hoje”, afirma Procópio.

Carlos Melo, representante da Cooperativa CGL (PA), classificou a ação da Fênix como um start em novas iniciativas do setor da mineração. “Fico feliz em ver que a Fênix está focando na melhor transparência na questão da comercialização do ouro e incentivando a legalidade. Acredito que isso aqui vai ser um divisor de águas no setor da mineração”.

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João Ferreira, diretor da COMIDEC, uma cooperativa localizada no Crepurizão, distrito de Itaituba (PA), também considerou a ação da Fênix positiva. “A legislação muda com muita rapidez e é essencial no atual cenário transmitir essas informações para quem está na ponta, que somos nós. Enxergo positivamente a atitude da Fênix com intuito de perpetuar o mercado, atuando dentro da legislação”.

O evento 

No período da manhã foram abordados procedimentos e setores de execução da Fênix. “Nosso objetivo é esclarecer as principais dúvidas de quem está na frente, recebendo e comprando ouro diariamente”, disse Vinicius Pinho diretor de Governança, Riscos e Compliance, que apresentou uma palestra sobre prevenção à lavagem de dinheiro e extração ilegal.

À tarde houve uma palestra com Rosane Santos, Diretora de Meio Ambiente, Relacionamento com Comunidades, Comunicação Corporativa e ESG da BAMIN (Bahia Mineração). “É as empresas entenderem o meio em que vão executar seus negócios e se isso deve impactar alguma comunidade. Além de não atrapalhar, é possível melhorar. Essa é uma das bases do ESG que podem, inclusive, implicar em risco de falência caso não cumprido”, abordou.

O evento contou ainda com dois painéis técnicos com especialistas do setor. O primeiro abordou o tema: “Como a tecnologia e inovação pode contribuir para a compra de ouro responsável” e o segundo “Ambiente regulatório e o caminho da fiscalização”.

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Eduardo Gama, fundador da startup Certimine, foi um dos especialistas a participar das abordagens. Ele está à frente da certificação e rastreabilidade em blockchain dentro da cadeia produtiva mineral – projeto usado pela Fênix DTVM.

“A Fênix vem inovando em um setor extremamente defasado. Precisamos desses novos ares, dessas novas ideias e desse suporte ao minerador desamparado. Eventos como esse são imprescindíveis para que a gente veja uma mudança no mercado e uma melhoria dos processos, de como os produtores interagem com os órgãos públicos reguladores. Espero que aconteça todo ano”, pontua Eduardo Gama.

Ainda enriqueceram o 1° PCO Day com seus conhecimentos Giorgio de Tomi, do Núcleo de Pesquisas para a Mineração da Universidade de São Paulo(NAP-USP); Rafael Brant, da Plataforma Jazida; Luiz Adami, do escritório CBS Advogados; Sheila Kleiner, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT); Santiago Schunck, do escritório Nelson Wilians e Advogados Associados; Gilson  Camboim, presidente na Federação das Cooperativas Mineral de Mato Grosso (FECOMIN) e Roberto Cavalcanti, do Instituto Somos do Minério.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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