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Mineradora que colocará o Brasil no mapa do carro elétrico atrai a Tesla

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O Brasil está mira da Tesla, mas não como um mercado para a venda de carros elétricos, ao menos não por enquanto. Na verdade, a montadora norte-americana está estudando a aquisição da Sigma Lithium Corp, uma mineradora que é controlada por um fundo de investimento brasileiro e tem operações de extração de lítio em Minas Gerais.

A matéria publicada pela Bloomberg e agências internacionais, afirma que a Tesla vem avaliando a aquisição da mineradora que opera no nordeste de Minas Gerais, segundo fontes anônimas ligadas ao assunto. O principal motivo é a demanda global desenfreada pelo lítio, crucial para a produção em baterias para veículos elétricos.

Segundo relatado, a montadora de Elon Musk tem conversado com potenciais conselheiros sobre uma oferta, disseram as fontes. Além da opção pela mineradora canadense que opera no Brasil, a Tesla estaria considerando outras opções e até mesmo uma empresa própria para o refino do metal, acrescentaram.

O principal acionista da Sigma Lithium vem explorando uma potencial venda da empresa e avaliando o interesse de mineradoras e montadoras, disseram as fontes. Vale destacar que o maior investidor da mineradora é o fundo de private equity brasileiro A10 Investimentos, que possui 46% de participação na empresa que a co-CEO e co-presidente da Sigma, Ana Cabral-Gardner, ajudou a estabelecer.

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Por fim, a matéria esclarece que as negociações estão na fase inicial e podem não se concretizar em uma venda. A conclusão é de que para as potenciais compradores pesa o fato das ações da Sigma terem triplicado de valor nos últimos 12 meses. Do outro lado, os proprietários da mineradora podem estar esperando o projeto principal da empresa ser colocado em prática – representantes de ambos os lados não confirmaram os rumores.

Brasil no mapa das baterias

A Sigma Lithium está desenvolvendo um grande depósito de rocha de lítio no Brasil, conhecido como Grota do Cirilo, que fica na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que é sustentável e opera com um processo de mineração a seco, sem rejeitos e com reutilização da água captada (e tratada) do Rio Jequitinhonha.

A empresa produz o chamado ‘Concentrado de Lítio Sustentável grau bateria’, que tem alto grau de pureza e é utilizado na produção dos cátodos de baterias para veículos elétricos. Segundo o projeto da Sigma, a produção será de 270.000 toneladas por ano já neste ano, subindo para 768.000 toneladas em 2024, quando estiver em plena operação.

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Nesse ponto, a estimativa é de que a Sigma emergirá como uma das quatro maiores produtoras mundiais de lítio, colocando o Brasil definitivamente na cadeia global de fornecedores de baterias para carros elétricos, o que também ajudará a impulsionar o desenvolvimento da região, tida como uma das mais pobres do país.

Antes mesmo de iniciar as operações regulares, a Sigma Lithium já assinou acordos de fornecimento com a LG Energy Solution e a trading japonesa Mitsui & Co.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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