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Tecnologias para recuperação de ouro fino trazem sobre inovação e sustentabilidade na mineração

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Abrindo o ciclo de palestras na 2ª Expominério, o painel “Mineração & Novas Tecnologias para a Recuperação do Ouro Fino”, o engenheiro químico Neilton Tapajós e os professores André e Elenice Silva, da Universidade Federal de Catalão, compartilharam experiências e estratégias voltadas para o uso consciente de tecnologias já existentes e para a substituição de métodos tradicionais de extração.

Eles abordaram alternativas tecnológicas para otimizar a recuperação de partículas de ouro ultrafinas e reduzir o impacto ambiental da atividade mineradora. Conforme Neilton Tapajós, as tecnologias necessárias para a recuperação de ouro fino já existem, mas muitas ainda não são aplicadas de forma eficiente.

Ele destacou que processos como o ore sorting e a concentração gravimétrica são fundamentais para a produção em larga escala, atendendo desde grandes empresas até mineradores artesanais. Já para a recuperação de partículas ultrafinas – ouro com tamanho em torno de 106 microns –, a flotação surge como a tecnologia mais avançada.

“Mostramos como aplicar essas tecnologias e promovemos o esclarecimento técnico sobre o uso eficiente de cada uma delas. O nosso objetivo é que os participantes, especialmente os mineradores de Mato Grosso, entendam como usar essas metodologias de maneira responsável e sustentável”, afirmou Tapajós.

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Tapajós também abordou o impacto negativo do mercúrio, ainda utilizado por pequenos mineradores, principalmente artesanais.

“O mercúrio representa riscos significativos para o meio ambiente e para a saúde dos operadores. Alternativas como a cianetação, que, embora considerada perigosa, pode ser controlada e neutralizada ao final do processo, representam opções viáveis para reduzir o impacto do mercúrio. Além disso, há pesquisas em andamento, em parceria com a USP e outros centros de pesquisa, que buscam substituir o mercúrio por compostos orgânicos de origem vegetal, que causam menos danos ambientais”.

Embora a química ainda seja o caminho principal para a obtenção de partículas de ouro, existem avanços em metodologias alternativas que prometem tornar a mineração mais sustentável.

“Estamos em busca de soluções que respeitem o meio ambiente e que diminuam os passivos ambientais deixados pela mineração, e iniciativas como essas parcerias são fundamentais para o futuro da mineração no Brasil”, disse.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

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O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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Expominério debate a importância da certificação e rastreabilidade para o setor do ouro

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Especialistas e representantes de importantes mineradoras, e do setor joalheiro discutiram práticas e tecnologias para assegurar a legalidade e a rastreabilidade na cadeia do ouro. O encontro contou com a participação de Ecio Morais, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Eduardo Gama, CEO da CertMine, Pedro Melo, CEO da MineraCoop, e Edinilson Bonato, CEO da MineralNet, que apresentaram experiências concretas e soluções já implementadas no setor.

 

Eles discutiram o painel “Mineração de Ouro e Rastreabilidade”, realizado durante a 2ª Expominério, em Cuiabá. “Esse painel foi muito interessante porque saímos da teoria e entramos na prática, com soluções que já estão em funcionamento”, explicou Eduardo Gama. Ele apresentou a atuação da CertMine na certificação de ouro, enfatizando a importância da rastreabilidade para garantir que o mineral seja extraído de áreas sem desmatamento ilegal.

 

Outro ponto abordado foi a transparência dos dados no setor. A Agência Nacional de Mineração (ANM) não realiza auditorias detalhadas e, para preencher essa lacuna, a CertMine está desenvolvendo um relatório de utilidade pública, que trará dados confiáveis sobre a legalidade na mineração de ouro, principalmente nos estados do Pará e Mato Grosso.

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“Hoje, cerca de 25% de toda a mineração de Mato Grosso já está dentro do nosso processo de certificação. No Pará, porém, a situação é mais grave, com índices de ilegalidade superiores a 70%. Embora Mato Grosso esteja à frente com 45% de reprovações – considerado um índice positivo em comparação ao restante do país –, o estado ainda tem margem para melhorias, por isso é um exemplo, mas ter quase metade das operações visitadas com alguma irregularidade mostra que há espaço para aprimorar”.

 

Pedro Melo e Edinilson Bonato complementaram as discussões com suas visões sobre sistemas de rastreamento, com o uso das plataformas MineraCoop e MineralNet. Ambos destacaram a importância dessas tecnologias para promover a sustentabilidade e a responsabilidade no setor de mineração.

 

Ecio Morais, diretor executivo do IBGM, destacou que o instituto tem um papel fundamental nesse processo, atuando como um facilitador e conectando os atores da cadeia produtiva. ‘O IBGM está trabalhando para tornar o ouro mais rastreável, atendendo à demanda da indústria joalheira por maior transparência’, afirmou Morais.”

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Expominério 2024

 

A Expominério 2024 contou com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

 

Apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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