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COOPERATIVISMO

Sistema OCB/MT e Fecomin mostram força das cooperativas de mineração em reunião estratégica na Expominério 2024

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Na última semana, durante o maior evento de mineração do estado, a 2ª Expominério 2024, foi realizada uma reunião estratégica que reuniu cerca de 20 representantes de cooperativas do Ramo TPBS, segmento mineração, de Mato Grosso, Pará e Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs). Realizada pela Federação das Cooperativas Mineradoras (FECOMIN), o encontro contou com o apoio e articulação do Sistema OCB/MT no chamamento e organização.
O objetivo da reunião, além de evidenciar o papel do Sistema OCB/MT no auxílio ao desenvolvimento da gestão e boas práticas, regularidade, compliance e perenidade do negócio, por meio de programas como Governança e Gestão (antigo nome PDGC) e Diagnóstico Identidade, foi dar visibilidade ao modelo cooperativista.

Segundo o conselheiro do Sistema OCB/MT e presidente da FECOMIN e COOGAVEPE, Gilson Camboin, estiveram presentes sete cooperativas mato-grossenses, o que representa cerca de 50% das singulares afiliadas ao sistema em Mato Grosso. “É um número interessante de cooperativas. Essa representatividade é importante para que as discussões, os pontos que foram tratados lá cheguem nas cooperativas das diferentes regiões”, avaliou.

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De acordo com Gilson, foram mostrados os números do cooperativismo dentro do estado de Mato Grosso, que são bastante significativos, e um comparativo entre 2023 e 2024. De acordo com o Anuário do Cooperativismo de Mato Grosso 2024, as cooperativas de mineração atingiram o maior número registrado desde 2018, totalizando 15 coops ativas no setor mineral. O número de cooperados é o segundo maior número do ramo TBPS com 6.486 cooperados. E uma produção que inclui desde materiais para construção civil (argila, areia, cascalho) até metais preciosos como ouro e pedras preciosas – como diamantes e outras gemas.

Na ocasião, também foi ressaltada a necessidade de as cooperativas intensificarem os trabalhos na área de compliance. “Na reunião foram apresentados os trabalhos que o Sistema OCB/MT tem realizado, como a interlocução com vistas ao Projeto de Lei de compensação de reservas e a reunião com as DTVMs, que são as empresas autorizadas a comprar o ouro proveniente da PLG, da permissão de lavra garimpeira”, exemplificou. “Então foi uma reunião bem proveitosa”, acrescentou.

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Já em relação à Expominério propriamente dita, Gilson avaliou como um evento formidável, “porque trouxe a questão da tecnologia, trouxe a parte de palestras e conhecimento, máquinas e equipamentos. Mostrou o tamanho do setor, quanto o setor vem se desenvolvendo dentro do estado e aprimorando cada vez mais. As novidades que eles trouxeram certamente irão ajudar o setor a se aprimorar cada vez mais e, consequentemente, a crescer”, finalizou.

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Ouro rompe US$ 3.000 pela 1ª vez na história: o que motiva alta e até onde ela vai?

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O ouro ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 3.000 por onça, impulsionado pela forte demanda de bancos centrais, incertezas econômicas globais e as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que estão reconfigurando as regras do comércio mundial.

O metal subiu até 0,4% nesta sexta-feira, atingindo US$ 3.001,20 por onça.

A superação desse patamar simbólico reforça o papel secular do ouro como reserva de valor em tempos turbulentos e um indicador do medo nos mercados. Nos últimos 25 anos, o preço do metal valorizou dez vezes, superando até o S&P 500, que quadruplicou no mesmo período.

Com a expectativa de novas tarifas, os preços do ouro nos EUA dispararam acima das referências internacionais, levando comerciantes a enviarem grandes volumes do metal para o país antes da vigência dos impostos. Desde a eleição presidencial até 12 de março, mais de 23 milhões de onças de ouro, avaliadas em cerca de US$ 70 bilhões, foram depositadas nos cofres da Comex, a bolsa de futuros de Nova York. Esse fluxo contribuiu para um recorde no déficit comercial dos EUA em janeiro.

Ouro como refúgio em tempos de crise

Os picos no preço do ouro costumam refletir momentos de estresse econômico e político. O metal superou US$ 1.000 por onça após a crise financeira de 2008 e rompeu US$ 2.000 durante a pandemia de Covid-19. Depois de recuar para cerca de US$ 1.600 no pós-pandemia, o ouro voltou a subir em 2023, impulsionado pela diversificação dos bancos centrais em meio ao temor de sanções dos EUA contra o dólar.

Em 2024, a compra de ouro pela China impulsionou ainda mais a demanda, à medida que preocupações com a economia do país se intensificavam. Após a eleição de Trump, a tendência de alta se acelerou devido ao impacto das novas políticas comerciais.

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“O ouro preserva valor em diversos cenários macroeconômicos adversos”, disse Thomas Kertsos, co-gestor de portfólio na First Eagle Investment Management LLC. “Apesar da volatilidade, historicamente o ouro sempre manteve seu poder de compra e liquidez.”

Mesmo diante de ventos contrários, como juros elevados e um dólar forte – que normalmente reduzem a atratividade do ouro –, o metal continuou a subir. Isso se deve, em parte, ao enfraquecimento do yuan, que estimulou compras de investidores chineses, e ao temor persistente da inflação global.

Muitos investidores também não quiseram perder a valorização do ouro, segundo Philip Newman, fundador da consultoria Metals Focus: “Quando o ouro rompeu US$ 2.400, US$ 2.500 e US$ 2.600, muitos apostavam que haveria uma correção, mas isso não aconteceu. Agora, ninguém quer ficar de fora do rali dos US$ 3.000.”

Trump e a escalada das incertezas

As políticas comerciais de Trump foram um dos principais motores da disparada do ouro em 2025. O presidente impôs tarifas sobre Canadá, México e União Europeia, além de sobretaxar produtos chineses e metais como aço e alumínio. Em resposta às retaliações europeias, os EUA indicaram que podem escalar a guerra comercial.

A administração Trump também sugeriu medidas drásticas na geopolítica global, como a possibilidade de uso de coerção econômica – ou até militar – para assumir controle da Groenlândia e do Canal do Panamá. Além disso, o governo americano surpreendeu aliados ao anunciar negociações diretas com a Rússia sobre a Ucrânia, gerando dúvidas sobre a segurança da Europa.

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“Tudo isso cria uma enorme incerteza econômica global”, afirmou Ian Samson, gestor de portfólio da Fidelity em Cingapura.

Bancos centrais e a desdolarização

O movimento para diversificação das reservas dos bancos centrais também impulsionou o ouro. Desde que os EUA congelaram ativos russos após a invasão da Ucrânia, governos ao redor do mundo passaram a ver o dólar como um risco. A compra anual de ouro por bancos centrais dobrou desde então, passando de 500 para mais de 1.000 toneladas anuais.

A China, considerada um rival geopolítico dos EUA, ampliou suas compras de ouro em 2022. Embora o ritmo tenha desacelerado, outros países preencheram a lacuna, como Polônia, Índia e Turquia, que lideraram as compras no ano passado, segundo o World Gold Council.

Próximos alvos: US$ 3.500 no radar

Mesmo com a disparada recente, o ouro ainda está longe do seu recorde ajustado pela inflação, que foi de cerca de US$ 3.800 em 1980. Na época, uma combinação de baixo crescimento econômico, inflação descontrolada e tensões geopolíticas impulsionou a valorização do metal.

O avanço para US$ 3.000 veio mais rápido do que a maioria dos analistas previam. Ao longo do último ano, conforme o ouro superava marcos como US$ 2.000 e US$ 2.500, os analistas ajustaram suas previsões de alta. Agora, alguns já miram o próximo patamar.

“Para o ouro atingir US$ 3.500 por onça, a demanda de investidores precisaria crescer 10%”, escreveram analistas do Bank of America liderados por Michael Widmer em uma nota de 12 de fevereiro. “Isso é um grande desafio, mas não impossível.”

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