CUIABÁ
Search
Close this search box.

Notícias

Serviço Geológico do Brasil amplia diálogos sobre minerais estratégicos no estado do Mato Grosso

Publicado em

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) amplia os diálogos sobre minerais estratégicos para transição energética e segurança alimentar no estado do Mato Grosso. Nesta quinta-feira (17), o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, e o diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM), Valdir Silveira, se reuniram com a deputada estadual Sheila Klener (PSDB-MT).

Geóloga e mestre em geociências, a parlamentar é presidente da Associação dos Geólogos de Mato Grosso (Agemat) e vice-presidente da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo). No encontro, que ocorreu em Brasília (DF), ela falou sobre a necessidade de ampliar o conhecimento sobre o potencial mineral para fortalecer a agricultura no estado.

O diretor-presidente do SGB reafirmou o compromisso da instituição em disseminar conhecimento geocientífico para contribuir com o desenvolvimento do país. “Temos especialidade técnica e podemos cooperar para atender as demandas. Conte conosco, de forma integral, para caminharmos juntos”, destacou Melo.

Potencialidade mineral

“Mato Grosso é um estado com potencial mineral fantástico, muito pouco conhecido, e com agricultura muito forte, muito dependente de insumos”, ressaltou o diretor da DGM. Durante a reunião, Silveira apresentou informações sobre áreas relevantes para agrominerais que podem ser usados para melhoria e aumento da fertilidade do solo. “Vocês têm no território uma das maiores plataformas carbonáticas do Brasil: a Província Serrana. Há no estado áreas com carbonatitos com potencial de serem usados como rochagem, com teores elevados de nutrientes”.

Leia Também:  Em expansão, cidades de MS serão campo para pesquisa de exploração de minérios

A deputada salientou que o diálogo e parceria com o SGB são essenciais, diante da expertise do órgão em desenvolver pesquisas: “A gente sabe que, sem mineração, a gente não tem agro. Então, precisamos expandir o conhecimento geológico do estado. O SGB também vai colaborar com a expansão do conhecimento hidrogeológico. Precisamos investir nesse conhecimento para saber como melhorar nossa agricultura”.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Moeda de R$ 2,5 mi, maior pepita de ouro em exposição: conheça as raridades do museu do BC

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Acordo de cooperação técnica com a ABDI para reestruturar ANM

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA