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Rastreabilidade mineral, qual a relevância e o benefício sobre o controle para os agentes da cadeia, e para o Estado

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Écio Morais – (Moderador do painel)

  • “Rastreabilidade será o fio condutor de uma redescoberta do ouro na mineração de pequena escala, como no início dos anos 80 quando o Governo Federal olhou para a mineração com outros olhos, causando revolução no mercado. Afinal, OURO = DÓLAR.
  • 80% do ouro produzido no papis provem de operações legalizadas
  • Hoje o fio condutor do ouro é a questão ambiental, por isso a importância da rastreabilidade;
  • Rastreabilidade transcende acompanhamento do ouro, induz comportamento no uso do mercúrio, da gestão racional dos resíduos;
  • “Só vamos avançar se houver parceira. Se não tiver comprometimento do setor privado não é a tecnologia que vai resolver o problema”, asseverou;
  • Admitiu que a contaminação cruzada é o maior risco para a rastreabilidade e que a compliance pode mitigar os riscos, mas que não existe nada infalível;
  • “Temos que ter a consciêncVinícius Pino – (Especialista em compliance e sócio fundador da GRC Total)ia que a reputação é construída ao longo dos anos e destruída com um piscar de olhos.

 

Edinilson Bonato (CEO da plataforma de rastreabilidade MineralNet)

  • Rastreabilidade não se faz sozinha e precisa começar antes da extração, durante a certificação da mina e da sua capacidade produtiva;
  • Após a certificação, com a mina de produção, entra a marcação química. O próximo processo é levar isso para nuvem, gerando uma cadeia de blockchain , passando por todo caminho, desde o PCO até chegar na fase de exportação e beneficiamento;
  • Plataforma foi apresentada ao governador Mauro Mendes, que afirmou que o Estado vai começar a fazer um cruzamento de informações, por meio da Secretaria de Fazenda, para avaliar custos de produção e o que foi efetivamente retirado, de forma a evitar fraude;
  • Bloqueio da comercialização do ouro por conta da dificuldade em identificar a origem do ouro- Setor tem que retirar da cabeça que rastreabilidade é custo, não é custo é sobrevivência. Sem responsabilidade não sobrevive e não obtém lucro.
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Antônio Rebouças  –  CEO da Metaglobaltech

  • A originalidade dos produtos passa por várias tecnologias e precisa ser feita de forma física e digital com o uso de blockchain e marcação desde a origem;
  • Setor está se autorregulando isso gera transparência. Ninguém gasta dinheiro com controle e rastreabilidade, ela traz valor agregado adicionado de até 10X. Além de que evita a paralização da produção e  reduz custos com advogados;
  • A crise no setor de ouro é sem precedente, ele nunca esteve tão organizado como está hoje, mas precisa evoluir ainda mais;
  • Antônio relatou um projeto piloto de rastreabilidade desenvolvido por ele, desde a sua origem até o descarte logístico das embalagens utilizadas;
  • Brasil desenvolveu sistema de rastreabilidade de nanotecnologia, gerando evidências, que não perde para nenhum país do mundo (USP, Certimine, IBGM, Somos do Minério);
  • Defendeu que a marcação do ouro precisa ser permanente;
  • Apresentou uma estimativa que mostra que o planeta perdeu 5 trilhões de dólares com produtos ilegais. “Porque o ouro ficaria de fora se tem alto valor agregado?”;
  • Mas uma vez a união do setor foi defendida. “Não é momento de separar, é momento de unir. A autoridade está sendo rigorosa porque faltou comunicação e para comunicar é necessário informação”, ponderou;
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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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