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EMPREGO

Programa de Aprendizagem contribui para a entrada de jovens no mercado de trabalho em Aripuanã

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Os programas de aprendizagem são oportunidades de inserção no mercado de trabalho para muitos jovens de 14 a 24 anos. Em Aripuanã, a Nexa está possibilitando a primeira experiência profissional para 28 jovens moradores do município. Os participantes possuem vínculo empregatício com a empresa e conciliam o trabalho com aulas teóricas no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso (Senai-MT).

A chegada da mineração em Aripuanã representa novas oportunidades para a juventude local. A maioria dos participantes nasceu no munícipio e, agora, consegue visualizar chances maiores e melhores de crescimento profissional na cidade. “Já conhecia a empresa, mas não tinha expectativa de trabalhar aqui. Quando vi a inscrição do programa no Senai, resolvi tentar e deu certo”, relata Isabela Balieiro, de 20 anos.

“Nasci aqui e nos últimos anos já ouvia falar da possibilidade da vinda de uma mineradora para cá. Com a chegada da Nexa, vi o crescimento da cidade, busquei mais informações em relação à mineração e, vendo agora o funcionamento na prática, sei que é um setor que quero continuar atuando”, comenta o jovem aprendiz Ronaldo Amorim, também de 20 anos.

Entre os participantes, também encontramos jovens que chegaram ao município nos últimos anos com a família, seja atraídos pelas oportunidades de trabalho ou pelo crescimento econômico da região.  “Eu vim do Pará com meus pais. Eles vieram trabalhar na mineração, mas eu nunca tive contato direto com o trabalho deles. Aproveitei a oportunidade do programa para vivenciar essa experiência e estou gostando”, garante Maria Nascimento, de 20 anos.

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Claúdia Dambroso, de 19 anos, já visitava Aripuanã desde criança. Há dois anos, mudou-se com a família do Paraná para o município. “A família da minha mãe é daqui, visitava sempre a cidade e vimos as mudanças acontecendo. Meus pais não trabalham na mineração, mas eu vi a oportunidade de conhecer mais e aprender”, comenta a jovem.

“O Programa de Aprendizagem da Nexa foi estruturado pensando no desenvolvimento técnico, pessoal e profissional desses jovens. O objetivo é promover a inserção qualificada no mercado de trabalho, ampliando as possibilidades de crescimento profissional”, ressalta Nayara Oliveira de Abreu, gerente de Desenvolvimento Organizacional da Nexa em Aripuanã.

Aprendizes já iniciaram atividades práticas

Em janeiro, os 14 aprendizes da segunda turma de Tecnologia da Informação iniciaram as atividades práticas após a conclusão das aulas teóricas no Senai. A turma entrou no programa de aprendizagem em março de 2022. Agora, os jovens serão supervisionados no trabalho dentro do Projeto Aripuanã.

Quem também iniciou as atividades práticas foi a primeira turma do Programa de Aprendizagem Técnica. Nessa modalidade, os aprendizes possuem a carga horária dividida entre aulas e práticas na unidade. Iniciado em novembro de 2022, o programa certificará os concluintes como Técnicos em Mineração.

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Programas de Aprendizagem

Regulamentados pela Lei 10.097/2000, os programas de aprendizagem são voltados para jovens com idade entre 14 e 24 anos. O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse período, o jovem aprendiz deve receber capacitação, combinando formação teórica e prática.

As empresas, em parceria com instituições formadoras, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), podem desenvolver programas específicos para o ramo de atuação e conectar com programas de recrutamento, treinamento e seleção para cargos efetivos na empresa.

De acordo com a pesquisa da consultoria especializada H&P, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, divulgada em 2022, egressos de programas de aprendizagem têm maior percentual de inserção em empresas maiores (com 250 ou mais funcionários), superando em até 10% jovens não participantes.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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