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PF coleta amostras de ouro extraído da Terra Yanomami para identificar ‘DNA’ do minério

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A Polícia Federal coletou amostras de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami para identificar características determinantes de que o minério foi retirado ilegalmente da região. A ação, denominada “DNA do Ouro”, ocorreu entre os dias 4 a 6 deste mês de setembro.

A coleta do material ocorreu nas regiões de Surucucu, Xitei, Homoxi, Cabeceira do Rio Catrimani e Paapiu. O transporte dos policiais federais foi realizado pelas Forças Armadas, em duas aeronaves.

A análise do ouro ocorre com a combinação de morfologia, mineralogia, composição química e isotópica, que permitem a construção de parâmetros objetivos na rastreabilidade. O trabalho permite detectar a região de onde o metal foi retirado, identificando se ele é legalizado ou não.

De acordo com as Forças Armadas, o objetivo da ação também é verificar a possível contaminação por mercúrio, metal usado por garimpeiros durante a exploração de ouro, na região onde os indígenas vivem.

Altamente tóxico, o mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente que se une facilmente ao ouro, formando uma liga metálica. Esse material, então, é aquecido, o mercúrio se evapora e o ouro se funde sozinho. O excesso restante desse processo é lançado diretamente nos rios, causando poluição ambiental e impactando na saúde dos indígenas.

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Segundo o chefe do Setor de Perícias em Geologia da PF, Erich Adam Moreira Lima, com o apoio das Forças, a intenção é seja possível estabelecer um catálogo do ouro existente no solo de distintas regiões do Brasil.

“Nesse sentido, todas as informações coletadas serão inseridas no Banco Nacional de Perfis Auríferos – BANPA. Esse cadastro permitirá que as investigações sejam mais ágeis e eficazes, por conseguirem identificar, mais rapidamente, se o ouro foi retirado de garimpos ilegais”, explicou Erich.

A ação foi realizada no contexto da Operação Ágata Fronteira Norte, uma operação interagências coordenada entre Órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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