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Painel discute soluções práticas para certificação e transparência no setor

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Especialistas e representantes de importantes mineradoras discutiram práticas e tecnologias para assegurar a legalidade e a rastreabilidade na cadeia do ouro. O encontro contou com a participação de Eduardo Gama, CEO da CertMine, Pedro Melo, CEO da MineraCoop, e Edinilson Bonato, CEO da MineralNet, que apresentaram experiências concretas e soluções já implementadas no setor.

Eles discutiram o painel “Mineração de Ouro e Rastreabilidade”, realizado durante a 2ª Expominério, que iniciou na quinta-feira (07.11) e segue até sábado (09.11), no Centro de Eventos do Pantanal.

“Esse painel foi muito interessante porque saímos da teoria e entramos na prática, com soluções que já estão em funcionamento”, explicou Eduardo Gama. Ele apresentou a atuação da CertMine na certificação de ouro, enfatizando a importância da rastreabilidade para garantir que o mineral seja extraído de áreas sem desmatamento ilegal.

Outro ponto abordado foi a transparência dos dados no setor. A Agência Nacional de Mineração (ANM) não realiza auditorias detalhadas e, para preencher essa lacuna, a CertMine está desenvolvendo um relatório de utilidade pública, que trará dados confiáveis sobre a legalidade na mineração de ouro, principalmente nos estados do Pará e Mato Grosso.

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“Hoje, cerca de 25% de toda a mineração de Mato Grosso já está dentro do nosso processo de certificação. No Pará, porém, a situação é mais grave, com índices de ilegalidade superiores a 70%. Embora Mato Grosso esteja à frente com 45% de reprovações – considerado um índice positivo em comparação ao restante do país –, o estado ainda tem margem para melhorias, por isso é um exemplo, mas ter quase metade das operações visitadas com alguma irregularidade mostra que há espaço para aprimorar”.

Pedro Melo e Edinilson Bonato complementaram as discussões com suas visões sobre sistemas de rastreamento, com o uso das plataformas MineraCoop e MineralNet. Ambos destacaram a importância dessas tecnologias para promover a sustentabilidade e a responsabilidade no setor de mineração.

Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação de hoje até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

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O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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