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Investimentos internacionais em Mato Grosso e a percepção do desenvolvimento socioeconômico dos municípios mineradores (Ouro, diamante, calcário e Zinco)

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Yuri Faria Pontual – Agência Nacional de Mineração

  • Mineração em Mato Grosso falta de estruturação da Agência Nacional de Mineração- de 2010 para 2022  passou de 500 milhões para mais de 6,8 Bilhões, em contrapartida os servidores da ANM caíram pela metade, passando de 40 para 22, e apenas três trabalhando com outorgas;
  • A evolução da produção mineral no Brasil:

Em 2013 a arrecadação era de  R$ 100/110 bilhões

Em 2019 a arrecadação era de R$ 150/160 bilhões

Em 2020 a arrecadação era de R$ 210/220

Em 2021  a arrecadação era de R$  340/350 bilhões;

  • Um dos maiores benefícios da mineração apontados por Yuri , é o desenvolvimento local e regional de municípios distantes das grandes capitais e o incentivo ao empreendedorismo local;
  • CFEM devolve recursos aos municípios produtores e impactados com a mineração, com a compensação de eventuais dados  causados;
  • ANM está revisando a redistribuição da CFEM, com isso mais de 2.300 municípios passarão a ganhar a CFEM, atualmente são pouco menos de mil cidades. Essa redistribuição fará um  ganho de imagem da mineração, onde mais cidades poderão  entender a importância da mineração e o ganho social para a população local;
  • Importância da mineração para a balança comercial brasileira: “se não houvesse mineração no país o dólar estaria mais de R$ 8,50. Só conseguimos segurar isso por conta da importância da mineração para a balança comercial do Brasil”, disse;
  • Linha mestra da atuação da ANM, menos outorga e mais fiscalização.
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Professor Rogério Rubert ( Docente da UFMT)

 

  • O professor realizou a apresentação do projeto de geologia, recursos minerais e geoambiental realizado no município de Guarantã do Norte, feito por uma equipe multidisciplinar, que levou mais de 70 dias em campo e que resultou em uma série de amostras para caracterização geológica e mapeamento dos recursos minerais do município;

Entre as principais demandas defendidas pelo professor para pesquisas exploratórias destinadas a regiões específicas, destacam-se ;

  • Apoio a atividades de empresas de mineração, suprimindo a necessidade de reconhecimentos regionais por parte destas ;
  • Mapeamentos geológicos, levantamentos geoquímicos e geofísicos, com mapas temáticos;
  • Possibilidade de incremento na economia local com geração de emprego e renda e capacitação. Aporte de capital financeiro;
  • Índices do aumento da arrecadação financeira com taxas e royaltys, além de incrementos no comércio local;

 

Paulo Leite – (Secretário-adjunto da Sedec)

  • “Vender Mato Grosso é igual vender água no deserto quando se trata de agronegócio, atividade a qual já nos tornamos conhecidos em todo mundo. Mas a mineração é a base histórica do nosso Estado, muito tem que ser feito, mas já houveram muitos avanços”, disse Leite;
  • SEDEC responsável pela política mineral do Estado. Metamat tem 40 anos trabalhando pela mineração, mas o histórico da atividade no Estado deixa muito a desejar na parte de controle, incentivo e desenvolvimento, deixando tudo a cargo da União;
  • Neste momento a SEDEC está propondo para o Governo de Mato Grosso uma política mineral, mesmo sabendo que a regulação é competência exclusiva da União;
  • Estamos realizando o cadastramento das atividades minerais do Estado;
  • É preciso conhecer o setor para propor políticas públicas. O Governo de Mato Grosso fez uma parceria com a ANM para contratação de 32 profissionais, entre geólogos e engenheiros de mina s, para apoiar a ANM e dar vazão às solicitações de pesquisas e de PLGs existentes na ANM;
  • A maioria dos minérios vem dos pequenos produtores, estamos nos questionando  que tipo de apoio o Estado tem dado para esses pequenos mineradores??
  • “A base da balança comercial do Brasil é o grão e o minério. Um setor tem apoio do Governo e condições de financiamento, enquanto o outro não tem absolutamente nada”, cobrou Leite;
  • O agro só existe e é forte por causa da mineração, que fornece calcário.
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Como a China dominou minerais críticos da transição

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Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

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As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

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