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1ª EXPOMINÉRIO

O protagonismo político no desenvolvimento mineral do Brasil

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O primeiro Painel da Expominério foi composto pelo deputado federal mineiro Zé Silva (Solidariedade), presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável na Câmara Federal (FPmin), deputado estadual Max Russi (PSB) e pelo presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Juliano Jorge.

Zé Silva (presidente da FPmin)

O deputado federal deu início a sua fala ressaltando a coragem dos parlamentares que defendem o tema. “ A Mineração não encanta dos olhos de eleitores,  foi preciso coragem para criar uma Frente Parlamentar, mas nós  temos a nossa responsabilidade”, disse.

O presidente da FPmin afirmou que  a modernização da Agência Nacional de Mineração (ANM) como sendo a sua principal pauta na FPMin.

Outra mudança defendida por Silva foi na distribuição da CFEM, de forma que ela seja revertida em investimentos e nas criação de um  fundo para pesquisa. “É necessário aliar pesquisa e mineração”, cobrou.

Na avaliação de Zé Silva, a política é  caminho  para  transformar a mineração em algo cada vez mais consistente com leis cada vez mais eficazes.

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O caminho para tirar o setor mineral da criminalidade é o Cooperativismo e ressaltou a visita que fez no mês de setembro Coogavepe, em Peixoto de Azevedo.

Juliano Jorge (presidente da Metamt)

O presidente lembrou os desafios que teve ao assumir a Metamat, empresa estatal voltada exclusivamente à mineração, mas que estava sucateada e com risco de extinção.

“Mato Grosso é a bola  da vez na questão da mineração, temos um  santuário mineral, de tudo um pouco, por isso já conversei com o governador Mauro Mendes sobre a necessidade de fazermos o mapeamento geológico do Estado. Esse estudo deve durar   2,5 anos para realização e vai mostrar o que o Estado tem, quanto é e onde está, como forma de atrair investidores”, explicou.

 

Deputado Estadual Max Russi (CST da Mineração)

O parlamentar mato-grossense pontuou que a Câmara Setorial Temática  tem como missão promover um debate de alto nível e mostrar o potencial da mineração de Mato Grosso.

Outra preocupação do parlamentar diz respeito a minério dependência, termo usado para os municípios que possuem dependência econômica da mineração, sem diversificação.

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“Somos o maior potencial agrícola do país, mas possuímos uma série de cidades com economia exaurida, por conta da mineração. Devemos alertar que não existe agro sem mineração, por isso essa conta precisa equalizar e a riqueza espalhar”, afirmou Russi.

Ele citou a cidade de Aripuanã como o maior exemplo do sucesso da mineração.

“Trata-se de um setor que agrega muito no Estado de Mato Grosso, e eu tenho a responsabilidade de levar as boas práticas da mineração  para dentro da Assembleia Legislativa e mostrar o lado bom.

“ Precisamos mostrar  o outro lado para a sociedade,  que precisa ver o quanto a atividade é  importante para as nossas vidas. Tudo na vida passa pela mineração, por isso o desenvolvimento precisa ser igualitário”, cobrou.

O parlamentar concluiu sua fala lembrando que destinou uma emenda parlamentar de R$ 4 milhões para Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), para que seja revertida em pesquisa  mineral.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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