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ECONOMIA

Ouro tem forte alta impulsionado por escalada na tensão geopolítica

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O contrato mais líquido do ouro disparou na sessão desta quinta-feira (12) impulsionado pelas renovadas ameaças comerciais tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além disso, a escalada de tensões no Oriente Médio, que envolveram da retirada de funcionários americanos da região a sugestões de um ataque ao Irã impulsionam o metal como um refúgio seguro.

O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 1,77% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.402,4 por onça-troy.

O metal precioso se valorizou após Trump ameaçar impor tarifas unilaterais nas próximas semanas, mantendo a ansiedade comercial e a demanda por refúgios seguros elevadas, afirma Nikos Tzabouras, do Tradu.com, em nota. Ao mesmo tempo, ele sinalizou baixa confiança nas negociações nucleares com o Irã, o que agrava os temores geopolíticos, afirma. A fraqueza do dólar e as compras persistentes de barras de ouro pelos bancos centrais ampliaram ainda mais a força do ouro.

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Ainda assim, o Irã e os EUA devem retomar as negociações no fim de semana, e autoridades americanas sugeriram atrasos nas tarifas sobre os principais parceiros de negociação, escreve Tzabouras. Esses acontecimentos podem reduzir o apelo do ouro como refúgio seguro, mas o sentimento geral do mercado favorece a valorização, acrescenta. O metal registrou 23 fechamentos recordes desde o início do ano, com investidores, assustados com as rápidas mudanças geopolíticas, comprando a commodity. Há também um certo impulso aqui, já que os investidores sentem o medo de perder a alta do ouro. O preço do ouro subiu 29% este ano.

“Continuamos otimistas e comprados em ouro, assim como em prata e platina e em muitas ações e títulos internacionais (em moeda local) que também estão se beneficiando da fraqueza do dólar”, disse Peter Boockvar, diretor de investimentos do Bleakley Financial Group.

*Com informações Dow Jones Newswires.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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