CUIABÁ
Search
Close this search box.

Mercado

Ouro pode ser escolha segura para 2024

Publicado em

O ouro começa o novo ano com um início forte. Negociado a US$ 2,078.20 por onça na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o metal acumulou ganhos de 13% ao longo de 2023. Essa trajetória de alta é influenciado pelo atual cenário geopolítico, mas pode representar uma previsão para 2024.

Causas para a corrida do ouro

Um dos investimentos procurados por aqueles que querem diversificar seus investimentos, o ouro ganha o mercado em períodos de inflação e desvalorização do dólar, cenários extremamente atuais.

A principal causa para o otimismo com relação à commodity é a expectativa de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) e um dólar mais fraco em 2024, o que faz com que ativos que não são remunerados por juros, como o ouro, ganhem força.

Outro fator que entra na equação é a utilização do ouro pelos bancos. Em um período no qual a maioria dos países enfrenta dívidas altíssimas, um ativo que não tem contraparte oferece segurança para os bancos centrais, que diversificam suas reservas.

Leia Também:  NÓBIO - CBMM amplia investimentos em inovações para baterias e nanomateriais

Por último, o cenário geopolítico instável também gerou reflexos no metal. Enquanto guerras globais continuam acontecendo e nações sofrem com altas taxas de inflação, ativos seguros são as melhores opções.

Previsões para 2024

O papel do ouro em 2024 depende de alguns fatores, em especial o dólar. A valorização da moeda americana e os rendimentos dos Treasuries podem fazer com que o metal seja preterido. Além disso, a evolução do quadro econômico americano e as atuações do Fed são questões ainda não resolvidas que também irão gerar impactos na commodity.

Para a Reuters, Ricardo Evangelista, analista sênior na ActivTrades, afirmou: “Se a inflação e a atividade econômica americanas continuarem a desacelerar, esse cenário seria muito favorável para o ouro e nós poderíamos ver fortes ganhos em 2024 com os rendimentos do Tesouro caindo ainda mais e o dólar também abrandando”.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Fiscalização favorece joias, diz representante da indústria

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Descobertas de pepita e tesouros fazem condado galês viver 'febre do ouro'

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA