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VALORIZAÇÃO DE 8,56% EM 12 MESES

Ouro já é a terceira melhor opção de investimento em 2023

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O ouro é a bola da vez quando se fala em investimento neste ano. A aplicação em metal precioso tem algumas vantagens como: segurança; demanda; proteção; aceitação, retorno com valorização.

Nos últimos 12 meses, o metal precioso rendeu 8,56%, perdendo apenas para o CDI (13,29%) e os títulos públicos (10,83%). A caderneta de poupança rendeu menos e ficou nos 8,33%. Desde janeiro, a alta registrada do ouro é de 4,97%, superando a inflação que foi de 4,65%.

O investimento é considerado um porto seguro em tempos de turbulências econômicas. Ele é um meio de proteção e diversificação do portifólio e que garante que o patrimônio não será afetado com a desvalorização do real em relação ao dólar. Com as constantes baixas da Bolsa de Valores, alguns investidores escolhem o ouro no lugar de fazer a reserva no dólar. Em razão disso, os preços do metal precioso crescem com o aquecimento da demanda.

“Quem investe em ouro fica longe das flutuações inflacionárias do papel-moeda e das oscilações do mercado de ações. É uma das melhores opções de investimento em contextos de incertezas e turbulências econômicas. Ele é um porto seguro”, afirma Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas.

O ouro tem sua cotação baseada no valor do metal na Bolsa de Valores de Nova York, que é avaliada em onça-troy e tem seu preço em dólar. No Brasil, é usado o “quilo” como a unidade de peso. A conta é simples. É só multiplicar o valor da onça-troy pela cotação do real, e dividir o resultado por 31,1 para ter o valor do grama.

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O período de incertezas acabou atraindo mais investidores em ouro. O metal serve para manter o patrimônio do investidor em segurança. “Ele apresenta boa recuperação em momento de instabilidade econômica pelo mundo e ele acaba oscilando positivamente”, disse Cavalcante.

Confira as vantagens em investir em ouro:

1) Segurança – muitos encontram no Ouro uma alternativa de investimento, em casos de instabilidade econômica, pois possui alta durabilidade.
2) Demanda – cresce bastante em períodos de dúvidas, como em crises financeiras, pois o seu preço é impactado positivamente nesse cenário;
3) Proteção – possui uma baixa relação com taxas e juros, pois em situações críticas, a emissão de papel-moeda aumenta, o que envolve os juros e a inflação, e assim a compra de metal oferece maior segurança e rentabilidade;
4) Aceitação – Existem milhares de investidores e especuladores com interesse em adquirir o ouro, no Brasil e no mundo. Não existe dificuldade para se desfazer de um investimento em ouro, por ser usado como reserva financeira em diversos países;
5) Valorização – o ouro é adequado para quem busca uma grande valorização no mercado a longo prazo, sendo uma ótima opção para diversificação de carteira, além de uma proteção importante para preservar o capital. É possível que o ouro se torne cada vez mais escasso, mostrando potencial de valorização e rentabilidade com o tempo.

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Sobre o especialista

Mauriciano Cavalcante é diretor de câmbio da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.

Sobre a Ourominas

A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.

Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).

Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).

Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais.

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Como a China dominou minerais críticos da transição

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Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

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As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

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