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Ouro fecha em alta com dólar e juros dos EUA mais fracos

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ouro fechou em alta nesta segunda-feira (28), com atratividade beneficiada pelo desempenho fraco do dólar e dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) neste pregão, à medida que investidores digerem o Simpósio Jackson Hole e aguardam dados da economia americana. Contudo, analistas apontam que o rali terá fôlego limitado, caso se confirme o cenário de resiliência da economia dos EUA.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,35%, a US$ 1.946,80 por onça-troy.

Em relatório, o Julius Baer avalia que o mercado de metais preciosos praticamente não reagiu ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, que manteve o discurso de que a política monetária futura dependerá da evolução dos dados econômicos.

Para o banco, os drivers principais do ouro continuam as projeções de força no crescimento econômico dos EUA, inflação persistente e, por consequência, juros restritivos por mais tempo, levando investidores para os bônus de títulos soberanos. “Salvo uma deterioração das perspectivas econômicas, que levaria a uma rápida inversão da política monetária, esperamos uma nova diminuição da procura de ativos seguros”, nota o Julius Baer.

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Já a Heraeus analisa que os preços do ouro conseguiram “se manter relativamente bem”, apesar dos juros dos Treasuries alcançarem níveis elevados recentemente. A empresa avalia que os preços do metal poderiam se recuperar no futuro, caso o consumo tenha queda acentuada nos EUA e leve à uma recessão econômica. No curto prazo, porém, o dólar deve continuar depreciando o ouro, ressalta a Heraeus.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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