CUIABÁ
Search
Close this search box.

Notícias

O metal que entra em conflito ouro e platina! Veja a revolução na tabela periódica!

Publicado em

Nos últimos tempos, houve uma mudança notável no mercado de metais preciosos. Um protagonista inesperado, conhecido como ródio, começou a chamar a atenção por seu valor excepcionalmente alto, ultrapassando até mesmo os tradicionais ouro e platina. Em 2021, o preço do ródio atingiu o pico histórico de US$29.800 por onça, sendo 17 vezes mais valioso que o ouro.

A demanda crescente por ródio nos catalisadores automotivos tem sido um dos principais impulsionadores dessa valorização. Esses dispositivos desempenham um papel crucial na redução das emissões de poluentes dos veículos, uma necessidade em uma era de regulamentações ambientais rigorosas e crescente conscientização sobre sustentabilidade.

Por que o Ródio se tornou o metal mais caro do mundo?

A principal fonte de ródio provém principalmente da África do Sul, que é responsável por cerca de 80% da produção global. Esse cenário confere ao país um papel predominante na oferta mundial deste metal. Adicionalmente, a Rússia também contribui significativamente, embora as recentes tensões geopolíticas tenham introduzido uma dose de incerteza e volatilidade ao mercado.

Leia Também:  Reforma tributária: mineração e petróleo traçam estratégias para reduzir efeito do imposto do pecado

Qual a influência das condições geopolíticas no mercado de Ródio?

A concentração da produção de ródio em poucos países pode levar a instabilidades no mercado, especialmente em tempos de desafios políticos como os recentes. Essa dependência pode afetar diretamente os preços e a disponibilidade do metal, tornando o investimento em ródio tanto promissor quanto arriscado.

Aplicações e futuro do Ródio

Além do seu uso em catalisadores, o ródio é altamente valorizado em outras indústrias graças às suas propriedades únicas, como condução elétrica eficiente e alta resistência à corrosão. Na joalheria, por exemplo, é apreciado pelo seu brilho destacado e por sua raridade, o que aumenta ainda mais seu valor.

Apesar de uma recente queda de cerca de 40% no seu preço, os especialistas acreditam que a demanda por ródio permanecerá forte. A tendência global em direção a tecnologias mais limpas e veículos menos poluentes reforça o papel estratégico deste metal. Portanto, o ródio não só se mantém como um componente essencial na indústria moderna, mas também emerge como uma alternativa de investimento interessante em um mercado dinâmico e cheio de oportunidades.

Leia Também:  MME lança nesta quinta, projeto para reduzir uso de mercúrio na extração de ouro

Para os interessados ​​em commodities ou investimentos em metais, o ródio representa uma faceta intrigante e valiosa do futuro da tecnologia e da sustentabilidade. Observar sua trajetória pode proporcionar insights valiosos para estratégias de investimento eficazes e conscientização ambiental.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Como a China dominou minerais críticos da transição

Published

on

Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Leia Também:  MME lança nesta quinta, projeto para reduzir uso de mercúrio na extração de ouro

A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

Leia Também:  Comissão aprova recursos para diversificação de base econômica de municípios mineradores

As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA