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ECONOMIA

Nova empresa australiana deve investir R$ 1,35 bilhão para minerar ‘terras raras’ em MG

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Mais uma empresa australiana irá investir na mineração de terras raras em Poços de Caldas (MG). O protocolo de intenções do Governo de Minas Gerais com a Viridis Mineração e Minerais foi assinado nesta quinta-feira (29) com a presença do governador Romeu Zema (Novo).

O Projeto Colossus receberá um investimento de R$ 1,35 bilhão para explorar a região que apontou, em pesquisas iniciais, um grande volume de recursos e teores de elementos de terras raras (ETRs).

“Vamos produzir, a princípio, carbonato de terras raras que é a base da produção. A parte metalúrgica que vai gerar toda a verticalização do processo, nós estamos em conversas com o governo federal, estadual, os laboratórios, todos estão ajudando, pois é uma tecnologia que em escala a China detém”, disse Klaus Peterson, diretor-executivo da Viridis no Brasil.

O empreendimento prevê a construção de uma planta de beneficiamento e tratamento de minérios com 70 licenças em uma área de 15 mil hectares.

Por enquanto, a empresa segue nas fases iniciais de estudos e sondagens na área e espera iniciar a operação da planta produtiva até 2026. A expectativa é gerar cerca de 120 empregos permanentes.

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Este é o segundo investimento em terras raras anunciado na cidade. Em agosto de 2023, a Meteoric Resources NL, outra empresa australiana, firmou o investimento de R$ 1,18 bilhão em um projeto de extração de argila iônica no planalto de Poços de Caldas.

O que são terras raras?

 

Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos normalmente encontrados na natureza misturados a minérios de difícil extração. São compostos minerais obtidos em lugares específicos do planeta e que são utilizados em vários setores para fabricação de diversos produtos.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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