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NÓBIO – CBMM amplia investimentos em inovações para baterias e nanomateriais

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A Companhia Brasileira de Metalúrgica e Mineração (CBMM)  anunciou investimento de R$ 270 milhões em seu Programa de Tecnologia em 2024, R$ 40 milhões a mais em relação ao último ano. O objetivo é impulsionar inovações em seu segmento core, o siderúrgico, e diversificar sua atuação, especialmente nas frentes de baterias e nanomateriais. A divisão de materiais e tecnologia para baterias recebeu cerca de R$ 80 milhões em recursos no ano passado, devendo manter a estimativa para 2024. Com capacidade produtiva de 150 mil toneladas anuais de produtos de Nióbio, nível superior à atual demanda do mercado global, a CBMM espera um crescimento acelerado no setor de baterias nos próximos cinco anos, com o desenvolvimento de materiais que garantam ainda mais competitividade e qualidade.

Um dos programas que serão desenvolvidos na divisão de baterias nesse ano terá a parceria da Toshiba Corporation e a Volkswagen Caminhões e Ônibus e visa promover inovação no setor automotivo, com impacto na mobilidade urbana. A CBMM deve apresentar ao mercado o primeiro ônibus elétrico do mundo a aplicar a tecnologia de óxidos mistos de Nióbio e Titânio em baterias de lítio. Esta tecnologia permitirá uma operação de carregamento rápido com maior durabilidade e segurança, atendendo as principais demandas deste mercado. A companhia também colocará em operação uma nova planta em seu complexo industrial, com capacidade produtiva de 3.000 toneladas de óxido de Nióbio para baterias. Anunciada em 2022, a nova planta recebeu investimento de R$ 265 milhões.

Para os próximos anos, a perspectiva, em projeção até 2030, é aumentar o volume de vendas e diversificação da receita representada por produtos fora do aço. Na frente de Novos Negócios, nos últimos cinco anos, a empresa realizou investimentos estratégicos em empresas com tecnologias promissoras para a aceleração da adoção do Nióbio pelo mercado de baterias de íons de lítio, como a Battery Streak, a Echion Technologies e a Skeleton Technologies. Em 2023, a CBMM aportou cerca de R$ 100 milhões em sua frente de Novos Negócios.

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Na área de sustentabilidade, a CBMM estabeleceu ações internas para apoiar a meta de zerar emissões de CO2 (escopos 1 e 2) em seu complexo industrial até 2040. A companhia já possui ações consolidadas que serão ampliadas nos próximos anos. Atualmente, a CBMM tem 100% da energia elétrica consumida proveniente de fontes renováveis. Dessa forma, no escopo 2, a emissão de gases de efeito estufa já é zero, conforme Certificados de Energia Renovável (RECs). Em relação a emissão direta de CO2, o número atual da companhia é de 0.54t de CO2 por tonelada de Ferronióbio produzido, o dado foi publicado em 2022 pelo Programa Brasileiro GHG Protocol e auditado por consultoria independente. Além disso, a Declaração Ambiental de Produto (EDP, na sigla em inglês) de seu principal produto, o Ferronióbio, foi certificada e aprovada pela DNV Itália, o que marca mais um passo da CBMM no desenvolvimento de produtos de Nióbio que contribuem para a descarbonização da indústria siderúrgica. O plano de sustentabilidade da CBMM também prevê um melhor aproveitamento dos recursos minerais, como a Barita e Magnetita. Até 2030, a CBMM pretende ampliar a produção de coprodutos, dando uma destinação útil e evitando o descarte de minerais que não fazem parte do core business. Em 2023, foram comercializadas 955 mil toneladas de coprodutos ao mercado, aumento de 490% em comparação ao período anterior, que contribuíram com R$ 86 milhões para a receita da companhia. Para 2024, a expectativa é a comercialização de 1,4 milhão de toneladas e a geração de R$ 115 milhões de receita.

Além disso, a CBMM continua a investir na frente de Responsabilidade Social Corporativa. Em 2023, a empresa destinou mais de R$ 39 milhões em projetos incentivados e não incentivados nos pilares de educação, esporte, cultura e saúde, beneficiando mais de 367 mil pessoas. A área de Governança Corporativa da companhia obteve a Certificação ISO 37001, norma da Organização Internacional de Normalização, concedida no Brasil pelo Inmetro, que especifica requisitos para sistemas de gestão Antissuborno. Os processos e controles implementados pela CBMM de acordo com a norma ISO incorporam-se ao sistema de gestão integrado da companhia, fortalecendo as boas práticas de governança e ética nos negócios. Com a certificação, a CBMM se juntou a um seleto grupo de empresas que se preocupam em controlar e mitigar riscos relacionados à corrupção e ao suborno em suas operações. No Brasil, apenas 204 empresas possuem a ISO 37001 e 5.969 em todo o mundo, segundo dados da ISO Survey, atualizados em 2022.

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Em 2023, a CBMM registrou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, lucro líquido de R$ 4,9 bilhões e R$ 7,9 bilhões de Ebitda. O volume de vendas total de produtos de Nióbio teve aumento de 5%, somando 92 mil toneladas. Aproximadamente 95% da produção é exportada, sendo que o mercado Ásia-Pacífico se manteve como o principal, com cerca de 64% do volume de vendas, seguido de Europa, Oriente Médio e África, que representaram uma fatia de 19%, e Américas, que absorveram 17% das vendas da empresa.

A CBMM pagou cerca de R$ 4,9 bilhões em tributos municipais, estaduais e federais em 2023. Os valores incluem impostos em razão da comercialização de produtos industrializados de Nióbio, além da parcela de R$ 1,5 bilhão destinada à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), conforme previsto em contrato vigente entre as partes.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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