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EM PEIXOTO DE AZEVEDO

Missão técnica da Frente Parlamentar da Mineração enaltece a importância do cooperativismo na atividade garimpeira

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A organização em cooperativas é essencial para a sobrevivência e a legalidade da mineração de pequeno porte. Esse, na avaliação do deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), foi o principal aprendizado da missão técnica realizada pela Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) da Câmara Federal, nesta quinta-feira (5), na cidade de Peixoto de Azevedo (distante 674 km ao norte da capital).

“A cooperativa é o diferencial de garantia na produção do ouro legalizado. Desde a sua organização, onde todos os cooperados têm acompanhamento e monitoramento nos processos de licenciamento ambiental, até a garantia na comercialização, já que existe uma integração entre o banco de dados da cooperativa com a compra do ouro, que se certifica do recolhimento dos encargos inerentes ao minério e da emissão obrigatória da Nota Fiscal Eletrônica NFe”, pontuou Silva.

O parlamentar federal destacou ainda o papel da Coogavepe na mitigação do impacto ambiental causado pela atividade minerária. A cooperativa mantém um viveiro onde cultiva espécies nativas que podem ser replantadas nas áreas já exploradas, além de disponibilizar apoio técnico para transformar as antigas lavras em outra atividade econômica como pecuária, tanques de piscicultura e lavoura.

Ressaltando que o garimpeiro é um profissional que precisa de apoio do Governo Federal e de políticas públicas eficazes, Zé Silva afirmou que a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável trabalha no sentido de cobrar e apresentar projetos exequíveis, que se transformem em um conjunto de medidas para permitir que aquele que quer produzir de forma legalizada tenha um incentivo, e mais do que isso, tenha o reconhecimento do Poder Público Federal.

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“Esse conjunto de medidas que eu estou chamando de Políticas Públicas para a Mineração Artesanal, muitas delas poderão ser inspiradas pela Coogavepe, que é a cooperativa de garimpeiros sediada em Peixoto de Azevedo”, disse Silva.

A inserção do garimpeiro entre as profissões com direito previdenciário foi uma das reivindicações apresentadas por Gilson Camboim, presidente da Coogavepe, ao deputado federal Zé Silva.

“Eu levo como desafio o apoio previdenciário para os garimpeiros, que são essenciais para a nossa economia.  Os outros gargalos que pude observar  são a falta de acesso à linhas de crédito para investimento e modernização da atividade mineral, que implica diretamente na redução dos impactos ambientais e a necessidade de diversificação das matrizes econômicas dessas regiões de garimpo. Mas nossa reivindicação imediata é  que o Governo enxergue a necessidade de fortalecer a Agência Nacional de Mineração, com corpo técnico e equipamentos modernos para descobrir nosso real potencial mineral e traçar políticas assertivas, garantindo emprego, renda e qualidade de vida com base na mineração sustentável”, concluiu o presidente da FPMin.

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COOGAVEPE

Eleito pelo Estado de Minas Gerais, que reúne as maiores empresas mineradoras do Brasil, o   presidente da FPMin esteve em Peixoto de Azevedo a convite da Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Peixoto (Coogavepe), maior cooperativa de mineradores de pequeno e médio porte do Brasil, com cerca de 7 mil associados em atividade.

A Coogavepe administra 195 Permissões de Lavras Garimpeiras (PLGs), e desenvolve um trabalho essencial para economia dos oito municípios que agrega, despejando, anualmente, cerca de R$ 1.2 bilhão oriundo da atividade garimpeira.

As ações da cooperativa não se restringem ao impulsionamento da economia, já que ela desenvolve projetos nas escolas públicas municipais de conscientização ambiental, alertando sobre a proibição de trabalhadores menores e informais nas lavras  e também faz um trabalho com a sociedade local sobre a  importância da legalidade nas  pequenas minerações.  A saúde do garimpeiro e a importância da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), também são massificadas pela Coogavepe.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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