CUIABÁ
Search
Close this search box.

Notícias

MINERAÇÃO SUSTENTÁVEL MME articula parceria com a ONU para projeto de mineração de ouro em pequena escala

Publicado em

O Ministério de Minas e Energia (MME) lidera articulação para viabilizar parceria entre o Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com foco na mineração de ouro em pequena escala. A primeira reunião para tratar do assunto ocorreu nesta quinta-feira (3/07) e contou com a participação de representantes do MME, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Projeto Ouro sem Mercúrio.

A iniciativa tem como objetivo promover práticas mais seguras e sustentáveis no setor, em alinhamento aos compromissos firmados pelo país na Convenção de Minamata sobre Mercúrio, que visa proteger a saúde e o meio ambiente. O PNUMA já é parceiro do Brasil no Projeto Ouro sem Mercúrio e promove em outros 40 países o Programa PlanetGold, voltado ao fortalecimento e melhorias das práticas na mineração artesanal e de pequena escala. Esse modelo tem quatro pilares: acesso a financiamento, incentivo ao mercado de ouro livre de mercúrio, disseminação de tecnologias e troca de conhecimento.

Leia Também:  Especialistas debatem proibição do mercúrio na extração de ouro

“Esse projeto pode inaugurar um novo momento para a mineração de pequena escala no Brasil com capacidade para inovar de maneira robusta o setor, seja pela experiência do PNUMA com outros países ou pela capacidade de atrair atores financeiros”, destacou o secretário substituto de Mineração, Geologia e Transformação Mineral, Anderson Arruda.

Com apoio do PNUMA, o Brasil pretende acessar recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) para viabilizar ações que estimulem uma mineração de ouro mais responsável, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e fortalecimento do setor mineral.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  COOGAVEPE realiza Assembleia Geral Ordinária e presta conta de encerramento de mandato

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Ouro: Aumento da demanda na China influencia perspectivas para a commodity?

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA