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Leilão da ANM possui 272 áreas com potencial para minerais estratégicos

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Estudo realizado pela Ígnea Geologia e Meio Ambiente nas áreas que serão ofertadas ao mercado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) na 8ª rodada de disponibilidade revela boas oportunidades para os investidores.

Das 5 mil áreas que serão leiloadas pelo governo, a Ígnea identificou 274 com potencial para minerais estratégicos, pelos critérios estabelecidos pela Resolução nº 2, de 18 de junho de 2021, da ANM.

A resolução da ANM define estratégicos bens minerais dos quais o país depende de importação em alto percentual para o suprimento de setores vitais da economia; sua importância pela sua aplicação em produtos e processos de alta tecnologia; e os que detêm vantagens comparativas e que são essenciais para a economia pela geração de superávit da balança comercial brasileira.

O levantamento mostra Minas Gerais, com 72 áreas identificadas, seguido por Goiás, com 59 áreas. “Esses dois estados destacam-se como polos de atividade minerária no país, refletindo sua importância histórica e econômica no setor mineral”, avalia Giancarlo Silva, diretor da Ígnea.

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Outros estados emergentes na mineração como Bahia (28 áreas), Tocantins (19 áreas) e Mato Grosso (19 áreas), também possuem áreas com potencial para minerais estr

“Nosso estudo considerou o componente locacional onde filtramos processos minerários com recursos ou reservas já calculadas em um raio de até 5km das poligonais da 8ª rodada,” explica Giancarlo.

A fase de pesquisa predomina, com um total de 253 áreas, das quais 155 são consideradas de importância para a balança comercial, 60 de alta tecnologia, 23 de alta tecnologia e importância comercial, e 15 de alta importação, aponta o levantamento.

Na fase de lavra-concessão, existem 21 áreas, das quais 12 são de importância para a balança comercial e 9 de alta tecnologia. Este cenário indica um forte potencial para novas descobertas e desenvolvimento futuro, com uma ênfase particular na pesquisa inicial.

Detalhando a distribuição das áreas na fase de exploração geológica, Minas Gerais (64 áreas) e Goiás (57 áreas) lideram, com a maioria das áreas classificadas como de importância para a balança comercial Outras regiões significativas incluem Bahia (26 áreas) e Tocantins (19 áreas).

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A distribuição das categorias de minerais estratégicos mostra uma predominância de áreas de importância comercial, seguidas por aquelas de alta tecnologia e alta importação, indicando uma diversidade de recursos minerais em diferentes estágios de desenvolvimento.

As áreas que já alcançaram a fase de concessão de lavra estão concentradas principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás. Minas Gerais possui 8 áreas, das quais 6 são de alta tecnologia e 2 de importância para a balança comercial.

Espírito Santo também possui 6 áreas de alta tecnologia, enquanto Goiás e Rondônia têm 2 áreas cada, tanto de alta tecnologia quanto de importância comercial.

 

 

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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