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Joalheiro chinês desafia Cartier com técnicas tradicionais em Singapura

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 A joalheria chinesa Laopu Gold inaugurou sua primeira loja internacional em Cingapura no dia 21 de junho, atraindo grande atenção e filas que chegaram a duas horas. Localizada próxima ao icônico Marina Bay Sands, a loja apresenta produtos que combinam técnicas tradicionais de fabricação com design contemporâneo.

Nos primeiros dias, a loja viu um fluxo intenso de clientes. Jessie Lim, uma consumidora local, relatou que entrou com expectativas baixas, mas saiu com um bracelete e um colar, totalizando pelo menos US$ 4.000 em compras. A Laopu Gold se destaca por suas peças elaboradas, como um colar em forma de gourd que se tornou popular entre os consumidores. O jogador de basquete Victor Wembanyama, do San Antonio Spurs, também foi visto usando um desses colares durante sua visita a Pequim.

Crescimento e Estratégia

A Laopu Gold registrou um aumento de 166% nas vendas na China, alcançando 9,8 bilhões de yuan (aproximadamente US$ 1,37 bilhão) em 2024. As ações da empresa dispararam mais de 2.000% desde sua oferta pública inicial em junho de 2024. Enquanto isso, marcas de luxo europeias enfrentam desafios, com vendas em queda na China. A Laopu, por sua vez, se beneficia do aumento dos preços do ouro e de uma abordagem focada em exclusividade.

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Para o mercado de Cingapura, a empresa lançou um colar de ouro com diamantes, além de outros produtos que refletem a cultura e crenças chinesas. A demanda continua alta, com filas ainda longas mesmo em dias de semana. Juliana Go, uma cliente, destacou que sua equipe de trabalho comprou várias peças, atraídos pela qualidade e pelo valor do investimento em ouro.

Expansão e Desafios

A Laopu Gold planeja abrir uma nova loja no Japão no próximo ano, buscando expandir sua presença no mercado global. Especialistas alertam, no entanto, que a empresa precisa manter sua reputação e exclusividade para se consolidar entre as grandes marcas de luxo. Li Jie, professor da Universidade Jiao Tong de Xangai, observou que o sucesso da Laopu é resultado de um trabalho de 16 anos, mas a continuidade depende de uma estratégia sólida.

A marca se diferencia de concorrentes como a Chow Tai Fook, que possui uma vasta rede de lojas. Com menos de 50 lojas, a Laopu mantém uma margem de lucro bruta superior, apostando em um modelo de negócios mais seletivo. A escolha de Cingapura como local para sua primeira loja internacional reflete uma estratégia de atrair consumidores chineses e turistas, aproveitando a grande população de origem chinesa na região.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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