CUIABÁ
Search
Close this search box.

AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO

Greve Geral dos servidores da ANM chega ao fim

Publicado em

Os servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) encerraram na sexta-feira uma greve geral em curso desde 8 de agosto, como um gesto que visa mostrar ao governo intenção de resolver impasses, disse em nota nesta segunda-feira a associação que representa os trabalhadores.

Dentre as demandas, os servidores querem equiparação salarial com as demais agências, concursos públicos, além de discutir questões estruturais e de orçamento. Atualmente, de 2.121 cargos disponíveis, apenas 664 estão ocupados na autarquia.

Ao votarem pelo fim da greve em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), na semana passada, os servidores decidiram no entanto retornar ao “estado de greve” – situação em que o governo é informado de que uma nova paralisação pode ser deflagrada a qualquer momento.

“Queremos mostrar ao governo que a nossa intenção é resolver esse impasse, e que a categoria está aberta a negociar novas propostas, desde que elas sejam justas e atendam os servidores de verdade”, disse o diretor da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM), Ricardo Peçanha.

Leia Também:  Empresas de mineração sinalizam que querem investir no Brasil

“É importante destacar que estamos mobilizados para corrigir uma injustiça desde a criação da ANM, quando não houve a equiparação salarial com as carreiras das demais agências reguladoras e reivindicamos esse alinhamento integral em 2024.”.

Desde a criação da agência, em 2017, os servidores da ANM nunca receberam salários equivalentes aos funcionários das demais agências reguladoras, disse ele.

Uma nova reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em que o governo deve apresentar nova proposta aos servidores, está prevista para os próximos dias, adicionou a ASANM.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Coogavepe presta assistência e monitora recuperação de áreas degradadas durante a mineração

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  Presidente da Fecomin prestigiará maior evento da mineração da América Latina

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA