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ECONOMIA

Governo de Goiás abre as discussões sobre o Plano Estadual de Mineração

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O governador Ronaldo Caiado deu início, nesta terça-feira (28/02), às discussões do Plano Estadual da Mineração (PERM-GO), com a abertura do seminário temático “Política Mineral Goiana: Desafios para a Geologia, Mineração e Transformação Mineral”.

O seminário, realizado no Auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, é o primeiro da série de 25 previstos para este ano. Os encontros vão oportunizar a interlocução com o setor produtivo e um amplo debate com a sociedade em temáticas ligadas aos recursos minerais.

“Tenho lutado muito para que a mineração de Goiás possa progredir”, pontuou Caiado. Tal crescimento, continuou, deve vir acompanhado de fiscalização e controle. “Temos de nos preocupar também com a segurança”, acrescentou o governador.

O seminário reuniu representantes de universidades, setor produtivo, gestores federais, estaduais e municipais, além de instituições diversas.

Durante a abertura, o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna Braga, afirmou que o Estado busca, junto ao governo federal, “trazer mais investimento, recursos e empregos”, a partir das pesquisas realizadas por meio do PERM-GO.

“A mineração é o 3° setor mais importante da economia goiana, atrás apenas de grãos e da carne”, comentou o secretário sobre o protagonismo do segmento.

Presente ao evento, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Cassiano de Sousa Alves, colocou a empresa pública como parceira do Estado para o desenvolvimento das atividades.

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“Ratifico nosso compromisso em apoiar Goiás nas frentes da linha de mineração e geologia, e também de monitoramento dos rios e dos riscos geológicos”, reforçou.

PLANO ESTADUAL DE MINERAÇÃO

O Plano Estadual de Mineração (PERM-GO) é um projeto do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).

Criado em parceria com a Universidade Federal de Catalão (UFCat), o plano visa a mapear oportunidades de negócios, atrair investimentos, melhorar a competitividade do segmento, planejar e definir políticas públicas voltadas à mineração goiana.

“O intuito é alavancar o setor, as questões de legislação, as oportunidades, potencialidades, cuidados com os impactos ambientais e as atividades que vão gerando. Os trabalhos serão executados por profissionais da área de direito, economia, geologia, história, geografia, engenharia de minas, comunicação. E um grupo analisará, minuciosamente, o contexto da mineração”, argumentou Joel Sant’Anna Braga.

NÚMEROS

Goiás é o quarto maior produtor de minérios do Brasil. O estado tem companhias mineradoras que mantêm 600 frentes de extração e faturam mais de R$ 9 bilhões, o que rende cerca de R$ 175 milhões para os cofres públicos em Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).

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A mineração corresponde a cerca de 30% de todo o PIB estadual e, aproximadamente, a 20% do total das exportações estaduais. A previsão é de que o setor movimente mais de R$ 30 bilhões em dez anos e gere até 200 mil empregos.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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