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Gigante do petróleo, Exxon vai produzir lítio para baterias

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A ExxonMobil anunciou que vai começar a produzir lítio nos Estados Unidos a partir de 2027, uma guinada para a empresa que vinha concentrando todos os esforços nos combustíveis fósseis.

A companhia afirma que seu objetivo é ser uma das principais produtoras de lítio do mundo até 2030. O minério é um dos insumos essenciais para as baterias usadas em carros elétricos e eletrônicos de consumo.

As primeiras reservas exploradas pela companhia ficam no subsolo de uma área de cerca de 50 mil hectares do Arkansas, no sul americano. O lítio está presente em aquíferos salinos subterrâneos.

O investimento não foi revelado. A companhia afirma que seu objetivo é produzir lítio para 1 milhão de carros elétricos por ano no final da década.

A Exxon é a primeira das gigantes do petróleo a entrar no negócio dos chamados minérios da transição energéticas.

Diferentemente de grandes petroleiras europeias como BP e Shell, que há anos vêm fazendo investimentos em energias renováveis, as empresas americanas seguem comprometidas com o petróleo e o gás.

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As semelhanças com o que a companhia faz é uma das explicações para a decisão. “Estamos perfurando poços de 3 mil metros. Isso obviamente tem tudo a ver com nossas capacidades e conhecimentos”, afirmou o responsável pelo negócio de baixo carbono da Exxon, Dan Amman, em entrevista ao Financial Times.

Nova tecnologia

O lítio que será explorado pela Mobil Lithium, nome da nova área de negócios, está presente na forma de salmouras em reservatórios subterrâneos, como os do Chile e da Argentina.

Tipicamente, esse líquido é bombeado para a superfície, e o o lítio é separado por evaporação. A Exxon pretende usar uma técnica diferente, conhecida como extração direta.

O método envolve o uso de químicos para “filtrar” a salmoura. É uma maneira mais rápida e mais eficiente de obtenção do minério, mas que ainda não é aplicada em larga escala por causa do custo.

Na Austrália, maior produtor do mundo, e no Brasil, o lítio é encontrado em rochas, e a extração é mais parecida com a mineração tradicional.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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