CUIABÁ
Search
Close this search box.

MINERAL COM ALTO TEOR DE FOSFATO

Fosforita: importante mineral é descoberto na costa sul brasileira

Publicado em

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) encontraram amostras de fosforita em um levantamento geofísico e oceanográfico do fundo do mar realizado no sul do país. A descoberta é considerada um avanço para o conhecimento da geologia marinha

A fosforita é chamada assim devido ao alto teor de fosfato. Além do valor científico, o mineral é um importante elemento na produção de fertilizantes, adubos e suplementos de ração animal.

Descoberta

Pesquisadores do SGB e da FURG realizaram cruzeiro científico entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Foto: Divulgação SGB

O cruzeiro científico aconteceu entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Para retirar a rocha do fundo do mar, os pesquisadores fizeram uma adaptação no equipamento para que ele conseguisse fazer coletas em águas muito profundas. A maior amostra coletada estava a 578 metros de profundidade. Os pesquisadores acreditam que a região onde a amostra foi encontrada seja abundante neste tipo de rocha.

Leia Também:  Fim do aspecto lunar: mineração e sustentabilidade podem caminhar juntas

Investimentos

Segundo o oceanógrafo do SGB, Roberto Aguiar Alves,  “a região está atraindo investimentos do setor privado desde 2020, quando a Agência Nacional de Mineração (ANM) concedeu cerca de 300 km2 para exploração mineral no entorno da área mapeada pelo Projeto Fosforita”.

As campanhas geológicas do Projeto Fosforitas Marinhas renderam um total de 6 toneladas de amostras do fundo do mar, entre sedimentos e rochas de tamanhos diversos. Todo esse material seguirá para o Laboratório de Geologia Marinha do SGB, situado na cidade de Recife (PE), onde passará por análises geológicas (granulométricas, mineralógicas e petrográficas).

Os resultados desses levantamentos deverão esclarecer quais tipos de sedimentos existem na região e como eles se distribuem pelo fundo do mar, enriquecendo o conhecimento geológico e mineral da plataforma continental brasileira.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

Published

on

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

Leia Também:  Brasil enfrenta aumento de custos e esgotamento de reservas na mineração

“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

Leia Também:  STF tem maioria para derrubar presunção da boa-fé no comércio do ouro

O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA