CUIABÁ
Search
Close this search box.

PDAC

Expominério MT é apresentada no maior evento do mundo do setor realizado no Canadá

Publicado em

Dois dos organizadores da Expominério em Mato Grosso, Pâmela Alegria e Humberto Oliveira, participaram na última semana do evento “Prospectors & Developers Association Of Canadá” – PDAC. Trata-se do maior e mais importante evento global da indústria de mineração e exploração mineral, realizado anualmente em Toronto, Canadá.

Eles estiveram acompanhado do advogado Bruno Alegria, do escritório Ferreira e Alegria Advogados e, juntos, apresentaram a Expominério, o maior evento de mineração do Centro-Oeste. O escritório advocatício se destacou como o único de Mato Grosso associado à Câmara de Comércio Brasil-Canadá. A participação da comitiva de Mato Grosso no PDAC teve como objetivo atrair investimentos canadenses para mineradores mato-grossenses.

Durante os dias de evento, os três profissionais fortaleceram sua rede de contatos, promoveram o potencial mineral de Mato Grosso e discutiram temas fundamentais para o futuro do setor. A Dra. Pâmela Alegria teve papel de destaque ao levantar a bandeira da participação feminina na mineração, sustentabilidade e boas práticas para o desenvolvimento do setor mineral.

Leia Também:  Evento aborda processos na mineração e estreita relação com postos de compra de ouro

“Participar do PDAC em Toronto é essencial para quem atua na indústria mineral e buscar estar atualizado sobre as principais tendências, estabelecer contatos estratégicos e identificar novas oportunidades de negócios no mercado global da mineração”, afirmou Pâmela.

Para Humberto, o ano de 2025 começou com grandes perspectivas para a mineração de Mato Grosso. “Nossa missão no PDAC foi um sucesso, garantindo avanços significativos na internacionalização da Expominério e atraindo novas oportunidades para a prospecção de empresas internacionais na edição 2025, que acontece de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá”, destacou Humberto Oliveira, um dos organizadores da Expominério MT.

A importância do PDAC para o setor mineral

O PDAC é um evento essencial para profissionais, empresas, investidores e representantes governamentais interessados em mineração e exploração mineral. Entre os principais benefícios de participar do evento, destacam-se:

•    Networking estratégico: O evento é uma oportunidade única para estabelecer relações com executivos, geólogos, investidores e representantes governamentais do mundo todo.
•    Acesso a novas oportunidades: Empresas de mineração apresentam seus projetos a investidores interessados em financiar iniciativas promissoras.
•    Atualização sobre tendências e inovações: Palestras, painéis e workshops abordam inovações tecnológicas, regulamentações ambientais e boas práticas na mineração.
•    Visibilidade para empresas e países: Diversos países usam o evento para atrair investimentos para seus setores de mineração.
•    Discussões sobre sustentabilidade e ESG: Temas como responsabilidade ambiental, social e de governança são centrais no evento.

Leia Também:  Dois homens são presos por roubar privada de ouro de quase R$36 milhões

Para a comitiva de Mato Grosso, a participação no PDAC representa mais um passo rumo à expansão internacional da mineração mato-grossense, consolidando o estado como um polo estratégico para investimentos no setor mineral.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Como a China dominou minerais críticos da transição

Published

on

Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Leia Também:  Casamento de bilhões: mãe do noivo usa diamante de 100 quilates em festa do filho do homem mais rico da Ásia

A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

Leia Também:  Mundo sob tensão leva cotação do ouro a disparar, como um investimento seguro

As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA