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PALESTRA

Evolução das atividades de mineração é destaque em evento da 1º EGASUS em MT

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Considerada durante décadas como uma atividade que causa mudanças negativas na sociedade, a mineração legal vem mudando esse cenário com práticas sociais, sustentáveis e que mostram que no local onde é feita a extração mineral também podem ser realizadas outras atividades como, por exemplo, o agronegócio.

Sendo assim, foi apresentado no segundo dia do 1º Encontro Garimpo Sustentável de Mato Grosso (EGASUS) a palestra “Reservas Garimpeiras e Regiões Garimpeiras Tradicionais”, que teve como intuito compartilhar conhecimento e demonstrar que toda atividade realizada na mineração consta na constituição e segue todos os critérios legais, inclusive, a responsabilidade social e de contribuição econômico do estado.

O palestrante e mestre em Geociências, Caiubi Emanuel Souza, afirma que é necessário mudar a visão da sociedade sobre as práticas da mineração atual.

“Muitos não têm o conhecimento que após as atividades de extração do ouro ocorre a recuperação da área e que ela tem um outro uso social. A visão da sociedade ainda é da extração ilegal e precisamos mudar isso, mostrando os pontos positivos da execução e os benefícios para a população do entorno”, explica.

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Ele ainda pontua que um dos objetivos da palestra, além da apresentação de dados, é nortear políticas para transformar a vida das pessoas, por meio das mudanças advindas da mineração. “Precisamos trabalhar no entorno da área de mineração políticas educacionais e que tragam a reinserção social diária”, diz Caiubi.

Toda atividade mineral, por uma questão constitucional e por critérios que constam na legislação, quando desenvolve a atividade de extração, ela deve recuperar a área em que ela atua.  Também é considerado uma mineração ilegal aquela que não segue o que está previsto no Estatuto do Garimpeiro e nas determinações da Agência Nacional de Mineração (ANM).

O diretor de ESG, Riscos e Compliance da Fênix DTVM, Vinicius Pinho, relata a importância de mostrar o cenário atual da mineração.

“Entendemos que estamos inseridos em um setor de práticas extrativistas, então a responsabilidade é fundamental. Buscamos ir além da regularidade com uma cadeia de valor do ouro altamente responsável, por isso, adotamos políticas internas bem mais amplas e restritivas”, explica Pinho.

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Vinicius também completa dizendo que um dos grandes exemplos de políticas públicas aplicadas para melhorar a mineração é a resolução da ANM 129 prevista para entrar em vigor ao final de março. “Ela traz responsabilidades adicionais para o fornecedor de ouro e as cooperativas, isso é um importante diferencial para uma mineração legal e, acima de tudo, responsável”, enfatiza.

No evento também foi possível ver a evolução da mineração em um cenário onde o setor mineral atua com tecnologia, trabalhadores incluídos na previdência social e fatores que priorizam um ambiente mais seguro.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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