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Empresa compra jazida por US$ 370 milhões. O investimento bilionário reforça o Brasil como um dos maiores produtores do “ouro branco do futuro”

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A Pilbara Minerals, uma das maiores mineradoras de lítio do mundo, não perdeu tempo e desembolsou bilhões para garantir sua participação em um dos maiores depósitos de lítio do país. O que significa essa movimentação para o Brasil e para o futuro da mineração global?

Recentemente, Pilbara Minerals anunciou a compra de um vasto projeto de lítio em rocha dura localizado em Salinas, Minas Gerais. A transação, avaliada em aproximadamente US$ 370 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), foi fechada com a Latin Resources, uma concorrente australiana.

Esse movimento estratégico promete aumentar em 20% os recursos minerais da Pilbara, com potencial para transformar essa operação em uma das dez maiores do mundo no setor de lítio, um mineral cada vez mais crucial na fabricação de baterias.

A importância do Brasil no cenário global de lítio

A aquisição dessa jazida no Brasil não é apenas mais um investimento; ela coloca o país no centro das atenções da indústria global de lítio.

A planta adquirida pela Pilbara está localizada perto das minas da Sigma Lithium, outra gigante do setor, na região do Vale do Jequitinhonha, uma das áreas mais promissoras para a extração de lítio no Brasil.

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Segundo Ana Cabral, cofundadora e CEO da Sigma Lithium, em entrevista ao jornal Valor Econômico, “essa transação é extremamente benéfica para o Brasil e para o setor de materiais críticos minerais. A entrada da Pilbara, a segunda maior do mundo, reforça nossa maturidade operacional e a consolidação do setor no país.”

Cabral também destacou que o Brasil oferece um ambiente atrativo para investimentos, com baixo custo de produção, ampla escala operacional e alta rastreabilidade, sempre em conformidade com os mais rigorosos padrões trabalhistas e ambientais.

Bilhões em investimentos para impulsionar a mineração brasileira

A Pilbara Minerals não se contentou apenas com a compra da jazida. A empresa também anunciou que pretende investir mais US$ 400 milhões nos próximos três anos para expandir suas operações no Brasil.

Esses investimentos bilionários vão impulsionar a produção do “ouro branco do futuro,” consolidando o Brasil como um player chave no mercado global de baterias.

Cabral também enfatizou a importância da segurança jurídica no setor de mineração no Brasil, o que tem atraído olhares internacionais.

“A melhora na segurança jurídica está colocando o Brasil no radar dos investidores. As exigências ambientais são rigorosas, mas isso só eleva a qualidade das operações no país e amplia nossa visibilidade internacional,” afirmou a executiva.

O Brasil no mapa global do lítio

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Apesar da queda recente nos preços do lítio no mercado internacional, o potencial de produção no Brasil continua forte.

Com a crescente demanda por lítio nos Estados Unidos e na Europa, impulsionada pela expansão da indústria de veículos elétricos, o Brasil está posicionado como um dos principais fornecedores desse “ouro branco do futuro”.

Durante o anúncio do investimento, os executivos da Pilbara ressaltaram que a aquisição da jazida em Minas Gerais é um passo estratégico não apenas para fortalecer sua posição na América Latina, mas também para alinhar-se à sua estratégia global de diversificação de recursos.

Com essa compra, a Pilbara se coloca para competir diretamente com os gigantes do setor e atender à crescente demanda global por baterias de lítio.

O Brasil está pronto para liderar a corrida pelo ouro branco do futuro?

O investimento bilionário da Pilbara Minerals em uma jazida de lítio no Brasil não apenas coloca o país no mapa global da mineração, mas também levanta a questão: O Brasil está preparado para liderar a corrida pelo “ouro branco do futuro”? Como o país vai enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem com essa nova era da mineração?

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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