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MEIO AMBIENTE

Embrapa investiga como fazer uma extração sustentável do ouro

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Uma pesquisa da Embrapa analisa o uso da folha do pau-de-balsa, árvore nativa da Amazônia, para substituir o mercúrio na extração de ouro. O mercúrio traz sérios riscos à saúde humana e ao ambiente. Os estudos mostram que a folha da planta pode ser uma alternativa viável, sustentável e barata para a atividade garimpeira. Ainda há possibilidade de reflorestamento de áreas devastadas.

O projeto começou em 2020 com a designer de biojoias Raquel de Queiroz que procurava maneiras de produzir peças mais sustentáveis. Ela encontrou na cidade de Chocó, na Colômbia, o uso do pau-de-balsa de forma artesanal na extração de ouro. A pesquisadora da Embrapa Marina Morales explica que essa primeira etapa foi exploratória, com a caracterização química da folha do pau-de-balsa.

A segunda etapa da pesquisa é relacionada ao contato direto com ouro. Por isso, neste ano, um garimpo legalizado com mais de 70 garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, foi selecionado para coleta de amostras e comparação da extração tradicional entre mercúrio e pau-de-balsa. Marina Morales dá detalhes sobre as fases seguintes da pesquisa.

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O estudo da Embrapa também vai trabalhar na produção do pau-de-balsa para a recuperação de áreas degradadas nos próprios garimpos por meio de biofábricas locais. A árvore é conhecida por ter crescimento rápido e contribuir para melhorar o desenvolvimento das florestas.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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