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Agora é lei

Educa Mineração, de autoria de Max Russi, será pauta nas escolas de MT

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Movimentando cerca de R$ 7 bilhões/ano, a mineração é reflexo de desenvolvimento socioeconômico e geração de emprego e renda em Mato Grosso. O estado ocupa o 6º lugar no ranking dos maiores produtores de minérios do Brasil.

O ouro, calcário, manganês, água mineral, estanho, diamante, agregados de construção civil (areia e brita) e o zinco, são carros-chefes da produção mineral em Mato Grosso. Lembrando que, o ouro e o calcário são responsáveis por 80% da produção minerária no estado. O setor que cresceu consideravelmente nos últimos dez anos, saiu da casa dos 500 milhões/ano, para cerca de R$ 7 bilhões. Reflexo positivo e que aquece o mercado financeiro, além de promover emprego e rendo.

Devido ao grande avanço da mineração e pouco conhecimento da população sobre este setor, a Assembleia Legislativa, por meio do primeiro-secretário, deputado Max Russi (PSB), propôs a instituição da
Semana Estadual da Campanha ‘Educa Mineração’, com intuito de promover nas escolas, ações educativas para informar estudantes de escolas públicas, sobre uma atividade econômica e industrial que consiste em pesquisa, exploração, lavra e beneficiamento de minérios.

De acordo com a Agência Nacional da Mineração (AMN), no Brasil, o setor registra 210 mil empregos diretos. Já em Mato Grosso, empregos diretos advindos das cooperativas, chegam a casa dos 10 mil.

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Na opinião de Max Russi, um trabalho consciente e de divulgação, realizado em parceria com unidades escolares é o caminho assertivo para se falar da importância da mineração e o quanto os produtos deste setor fazem parte da vida das pessoas. Além, da ampla oportunidade de trabalho que a mineração proporciona.

“O minério está em praticamente tudo que consumimos. Está no aparelho celular, nos acessórios, em um cinto, no automóvel, na água que bebemos, no computador, em um copo, enfim, tudo isso faz parte das nossas vidas, constantemente. Além disso, é um setor que se preocupa com o meio ambiente, gera emprego e renda e aquece a economia do país”, pontuou o parlamentar.

A proposta, que agora é lei (12.727/2024), indica a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), como responsável pela coordenação e promoção de atividades da campanha Educa Mineração, em parceria com instituições de ensino, de pesquisas, organizações não-governamentais e demais entidades relacionadas ao setor minerário.

A medida foi sancionada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) e publicada no dia 24 de novembro de 2024.

Curiosidades da Mineração:

Pelo menos seis minérios estão presentes no aparelho celular: são eles: índio, cobre, lítio, neodímio, tântalo e ouro.

Para construir uma casa, por exemplo, são utilizados calcário, ferro, alumínio, bauxita, zinco, níquel e outros.

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Os estados do Pará (110.209 HA), Minas Gerais (33.432 HA) e Mato Grosso (25.495 HA) são as principais regiões de mineração do Brasil, com base no total de área minerada.

O nióbio, metal que só o brasil fornece ao mundo, está no amazonas. o nióbio é um raro e estratégico minério utilizado na industrialização de produtos que suportem altas e baixas temperaturas como aviões e foguetes.

Curiosisades da mineração em MT:

Mato-Grosso ocupa o 6º lugar no ranking dos maiores produtores de minério do brasil.
O ouro e calcário são responsáveis por 80% da produção minerária do estado.
Mato-Grosso abriga a cachoeira mais alta do Brasil, a Jatobá (com 252 metros de queda livre);

Mato-Grosso tem a maior gruta de arenito do Brasil, a Gruta do Francês, com 1.400 metros de extensão.

As substâncias minerais: cassiterita, chumbo, diamante, dolomito, prata e zinco são predominantes no mato grosso.

As áreas usadas em processos de mineração em Mato-Grosso, até fevereiro deste ano, são de 21.504.511 hectares. Duas vezes maior que o território de Portugal. (Fonte: OPAN)

Assessoria de Comunicação – Dep. Max Russi
José Marques – (66) 8127-5364
Joelma Pontes – (65) 99650-1907

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Como a China dominou minerais críticos da transição

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Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

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As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

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